“É uma angústia imensa… realmente insuportável”, assim descreve Eduardo Coka, irmão de Douglas Coka — o brasileiro encontrado sem vida e com um ferimento de arma de fogo na Geórgia, Estados Unidos. Nos últimos dez dias, essa tem sido a realidade da família. Douglas, que residia no país há quase quatro anos, foi descoberto sem vida aos 37 anos no domingo, dia 30 de março. A família continua sem esclarecimentos sobre o caso.
Diante da impossibilidade de custear o transporte do corpo para o Rio de Janeiro, onde Douglas nasceu e cresceu, amigos e familiares se uniram para realizar uma “vaquinha” nas redes sociais. A arrecadação foi um sucesso, e na segunda-feira, 7 de abril, foi atingido o valor necessário, cerca de R$ 50 mil.
Entretanto, a apreensão persiste. Os procedimentos para a repatriação do corpo ainda não foram concluídos. Eduardo revelou à coluna que a funerária americana informou que o processo deve levar cerca de duas semanas.
Douglas havia se mudado para o exterior em busca de melhores oportunidades financeiras e, embora tivesse se divorciado recentemente de uma espanhola com quem mantinha uma amizade, é ela quem está auxiliando com os trâmites necessários no país.
Além da dor pela perda do irmão, descrito como alguém “cheio de vida e bom humor”, Eduardo e os demais familiares enfrentam a angústia de não saber o que realmente ocorreu. De acordo com relatos da imprensa de Atlanta, vizinhos da área onde Douglas foi encontrado ouviram um barulho alto durante a madrugada de domingo, similar ao som de um pneu estourando. No entanto, foi apenas na manhã seguinte que a polícia localizou o corpo de Douglas no quintal de uma residência.
“Fomos informados através de um amigo brasileiro que reside lá. Assim que soubemos, contatamos o consulado brasileiro, que apenas se dispôs a fornecer informações. Estamos completamente no escuro sobre o que aconteceu, já que a investigação policial está sendo conduzida de forma sigilosa”, lamentou Eduardo.
A ausência de informações é tão grande que a família ainda não sabe nem mesmo qual parte do corpo Douglas foi atingida. Tudo que sabem é o que foi veiculado pela mídia americana. A coluna tentou contato com o Consulado-Geral do Brasil em Atlanta em busca de esclarecimentos, mas a resposta foi que, devido à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais nº 13709/2018, não podem comentar sobre o caso.




