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Compreenda a lesão de Matheus Henrique, que deixará o Cruzeiro sem seu jogador por vários meses

A recente derrota do Cruzeiro por 2 a 1 contra o Muchuc Runa, ocorrida na última quarta-feira (9/4), não trouxe apenas um resultado decepcionante em campo, mas também uma significativa perda do ponto de vista médico. O meio-campista Matheus Henrique, um dos principais atletas do time, sofreu uma lesão no menisco lateral do joelho direito e precisará passar por cirurgia.

O menisco é uma estrutura fibrocartilaginosa que atua como um amortecedor entre os ossos do joelho. De acordo com Rafael Cristane Michel, um fisioterapeuta esportivo associado à Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e Atividade Física (Sonafe Brasil), o ritmo intenso do futebol de alto nível impõe grandes pressões nessa área.

“Os meniscos desempenham funções essenciais, como transmitir e absorver forças dentro do joelho, além de auxiliar na articulação entre a tíbia (osso da canela) e o fêmur (osso da coxa), contribuindo para a estabilidade do joelho”, explicou o especialista.

“Essas estruturas estão continuamente sujeitas a forças de compressão e tração durante os movimentos, especialmente em esportes que demandam mudanças rápidas de direção e frequentes acelerações e desacelerações. Devido à natureza exigente do futebol, que envolve giros no joelho, aterrissagens e choques entre jogadores, elas estão propensas a lesões”, acrescentou.

O fisioterapeuta também comentou sobre o possível procedimento cirúrgico, cuja data ainda não foi anunciada. “Lesões traumáticas podem requerer cirurgia para remoção da parte danificada (meniscectomia) ou para reparação e cicatrização do menisco (sutura meniscal). Após a cirurgia, o atleta passará por um período de reabilitação”, disse.

O retorno do jogador, que veste a camisa 8, dependerá das intervenções realizadas pela equipe médica, assim como do andamento de sua fisioterapia. Em geral, lesões como essa que demandam cirurgia podem levar a um tempo de recuperação a partir de três meses.

“O período de recuperação varia conforme as particularidades da lesão e a abordagem escolhida para o tratamento. Meniscectomias e tratamentos conservadores tendem a ter prazos de recuperação mais curtos (entre 3 a 12 semanas), sendo frequentemente a escolha de atletas e equipes médicas que precisam de um retorno rápido ao esporte”, observou Rafael Cristane Michel, ressaltando que essa não é a situação de Matheus.

“Por outro lado, as suturas meniscais, que visam reparar e cicatrizar o menisco, embora proporcionem vantagens por preservar a estrutura, exigem um tempo de reabilitação mais prolongado (de 3 a 9 meses)”, concluiu o especialista.

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