Isabel Veloso, uma influenciadora que recebeu o diagnóstico de linfoma de Hodgkin em estágio avançado, compartilhou um comovente depoimento sobre sua experiência no primeiro Dia das Mães.
Aos 18 anos, Isabel refletiu sobre essa data especial ao lado de seu filho, Arthur. Atualmente, ela continua seu tratamento paliativo, ganhando destaque nas redes sociais por expor sua rotina de enfrentamento à doença, embora tenha enfrentado críticas por sua decisão de engravidar.
Em sua publicação, Isabel revisitou os momentos que viveu com Arthur, desde a primeira vez que viu as imagens do ultrassom até os desafiadores dias na UTI neonatal após seu nascimento. “Caminhei todos os dias por aquele corredor em direção à UTI neonatal, muitas vezes arrastada pela dor, mas nada disso importava. Cada frasco de leite que esvaziava, cada visita ao banco de leite para que você pudesse ter o meu leite. Cada aperto no coração quando a saturação caía ou o batimento cardíaco subia. Mas também as alegrias, como quando você deixava de receber uma medicação ou quando conseguia mamar um pouco mais.”
“Repetiria tudo isso, quantas vezes fosse necessário. Foi quando você nasceu que me tornei mulher. Você me ensina a vivenciar o amor de Deus a cada instante. Sou grata por ser sua mãe e estarei sempre ao seu lado.”
Leia o relato completo:
Neste meu primeiro Dia das Mães, recordo da emoção ao ver você pela primeira vez no ultrassom; da minha barriga crescendo; e do momento em que finalmente te conheci. Quando você nasceu, não pude segurá-lo em meus braços e nem mesmo te ver de perto, pois estava na incubadora, cercado de aparelhos. Só pude te ver no dia seguinte, devido aos cortes em meu corpo. Mesmo assim, levantei rapidamente para te ver, ignorando a dor que sentia.
Caminhei todos os dias por aquele corredor na direção da UTI neonatal, muitas vezes arrastando-me pela dor, mas isso nada significava para mim. Cada frasco de leite que esvaziava, cada visita ao banco de leite, tudo era para que você tivesse o meu sustento. Cada dor no peito quando a saturação caía ou o batimento acelerava, mas também a felicidade quando você parava de receber alguma medicação ou quando conseguia mamar um pouco mais.
Só pude segurar você em meus braços cinco dias depois, um momento que tanto esperei, e ao te abraçar, senti que tudo em mim renascia.
Eu repetiria essa jornada, quantas vezes fossem necessárias. Você me fez mulher quando nasceu. E a cada momento, você me faz sentir o amor de Deus. Eu amo ser sua mãe e sempre estarei aqui por você.




