Em uma entrevista à revista Quem, Fabiana Justus compartilhou como sua experiência como mãe foi fundamental para enfrentar o tratamento de leucemia mieloide aguda. No meio do diagnóstico, hospitalizações e incertezas, ela descreveu como conseguiu equilibrar sua relação com os filhos durante esse período desafiador e quem foi sua maior fonte de inspiração nesse momento.
A maternidade trouxe uma nova dimensão à vida de Fabiana Justus. Desde o nascimento das gêmeas Sienna e Chiara, em 2019, sua perspectiva mudou completamente. “A maternidade virou um divisor de águas na minha vida. Me transformou de maneira profunda, oferecendo um propósito maravilhoso. Aprendi a ver o mundo com mais empatia e alegria, e minhas prioridades passaram por uma revolução. Ser mãe sempre foi meu maior sonho e agora é a coisa que mais faz sentido para mim”, afirmou.
Casada com o empresário Bruno Levi D’Ancona, Fabiana deu à luz Luigi em agosto de 2023. Pouco depois, em janeiro de 2024, recebeu o diagnóstico de leucemia mieloide aguda. A notícia a impactou profundamente. “Naquele momento, só conseguia pensar: ‘Eu tenho três filhos! Eu tenho três filhos!’ Meu maior temor era por eles. Pensava no leite do Luigi, que ainda estava amamentando, e em como explicaria para as meninas que teria que ficar internada para o tratamento”, relembrou. Apesar da gravidade da doença, a maternidade se tornou sua principal fonte de força para prosseguir.
“Foi minha maior dificuldade, mas também minha maior motivação. Ser mãe, sem dúvida, foi o que me salvou. Essa conexão me deu toda a energia necessária para enfrentar essa luta”, refletiu.
Com Sienna e Chiara, que na época tinham cinco anos, Fabiana optou por uma abordagem cuidadosa: “Tentei explicar de um jeito que elas pudessem entender, de forma lúdica. Disse que os ‘soldadinhos de defesa’ da mamãe estavam fracos e que eu precisaria de um remédio para ficar forte. Mais tarde, expliquei que se meu cabelo caísse, era sinal de que o remédio estava funcionando, e que um homem bondoso doou seus ‘soldadinhos’ para me ajudar. Elas foram muito compreensivas e me ensinaram muito ao longo do processo.”
O “homem bondoso” mencionado por Fabiana foi o doador da medula óssea, cuja contribuição foi crucial para o transplante realizado em março do ano passado. O procedimento foi bem-sucedido, e atualmente sua doença encontra-se em remissão.
Durante as internações, a ausência do filho mais novo gerou outro tipo de preocupação. “Com o Luigi, não pude explicar muito, ele era pequeno demais, tinha apenas 5 meses quando tudo começou. Quando ele me visitava, eu o abraçava e tentava me conectar com ele. Nas vezes em que não pude vê-lo, fazia chamadas de vídeo e seu sorriso iluminava meu dia. Tive muito medo de que ele me esquecesse durante as longas internações, mas a conexão entre mãe e filho supera qualquer distância. Ele é meu grude e, mesmo diante de tantas adversidades, é um bebê extremamente feliz!”, afirmou.
Após superar a fase mais crítica do tratamento, Fabiana vê a maternidade de uma forma renovada: “Hoje, sinto que ressurgi. Estou mais forte, mais consciente e mais grata. Como mãe, me tornei ainda mais presente e conectada.”
Filha de Roberto Justus e Sacha Chryzman, Fabiana também destacou a importância de sua mãe durante todo esse processo. “Minha mãe é uma supermãe, sempre disposta a deixar tudo de lado para estar ao meu lado e ao do meu irmão [Ricardo] quando precisamos. Isso é algo que admiro muito e que me inspira profundamente”, concluiu. “Acredito que, atualmente, temos acesso a muitas informações sobre educação dos filhos, o que nos auxilia na criação. Eu gosto de ler e estudar sobre isso.”
