Um episódio ocorrido aos 14 minutos do primeiro tempo reacendeu o debate sobre os critérios de arbitragem durante a vitória do Flamengo por 2 a 0 sobre o Grêmio, no último domingo (13/4), em Porto Alegre. Com o Rubro-Negro já à frente no placar, uma bola desviada por Wesley atingiu o corpo de Gerson e, em seguida, tocou em seu braço direito, que estava aberto na área. O árbitro Ramon Abatti Abel optou por seguir com o jogo, sem acionar o VAR, que estava sob a supervisão de Marco Aurélio Augusto Fazekas Ferreira.
Apesar das queixas imediatas dos atletas gremistas, o jogo prosseguiu sem a revisão do lance controverso. A decisão gerou protestos por parte da comissão técnica e da diretoria do Grêmio após o apito final.
Durante uma coletiva, o vice-presidente de futebol do Grêmio, Alexandre Rosatto, enfatizou a necessidade de critérios justos por parte da arbitragem. “Isso será tratado pelo nosso departamento jurídico. Pessoalmente, considero que foi pênalti. Especialistas têm opiniões divergentes. No entanto, se o cenário fosse o inverso, tenho plena certeza de que a decisão seria diferente”, declarou. “Desejamos que, em situações semelhantes envolvendo o Grêmio, o mesmo critério seja aplicado”, completou.
Na análise técnica, especialistas em arbitragem, como Paulo César de Oliveira, do Grupo Globo, avaliaram que a decisão de não marcar a penalidade foi correta. De acordo com as regras atuais, o toque no braço não configura infração, já que a bola desviou inicialmente no corpo do jogador flamenguista.
Entretanto, as reclamações do Grêmio não ocultaram o desempenho insatisfatório da equipe em campo. Essa derrota representou o segundo revés do Tricolor em três partidas do Campeonato Brasileiro, somando apenas três pontos e ocupando a 13ª posição na tabela.
Apesar da pressão de parte da torcida, a diretoria decidiu manter o técnico Gustavo Quinteros em seu posto. O próximo desafio do Grêmio ocorrerá na quarta rodada, quando enfrentará o Bahia fora de casa.