O atacante Bruno Henrique, que defende o Flamengo, foi formalmente acusado pela Polícia Federal (PF) por, supostamente, receber um cartão amarelo intencionalmente para beneficiar familiares envolvidos em um esquema de apostas durante uma partida do Campeonato Brasileiro de 2023. Em comunicações registradas com seu irmão, que fazem parte do relatório da PF acessado pelo portal LeoDias, Wander Júnior, Bruno expressa sua intenção de receber um cartão na partida contra o Santos, prevista para a 31ª rodada daquele ano.
As mensagens reveladas pela PF mostram que o irmão solicitou a Bruno que ele recebesse cartões amarelos em outras partidas e também pediu empréstimos ao jogador. Na primeira conversa que indica essa prática irregular, datada de 23 de agosto de 2023, o jogador avisa que tomaria um cartão amarelo na partida contra o Santos, marcada para o final de outubro.
Em uma das trocas, Wander pergunta se Bruno está com dois cartões amarelos acumulados no Brasileirão, ao que o jogador confirma. Wander, em tom de brincadeira, sugere que quando receber um aviso para pegar o terceiro, ele deve ligar. Bruno então responde que o cartão seria na partida contra o Santos, e assim a conversa prossegue, com o irmão pedindo para saber quando será o jogo.
Na sequência dos diálogos, Bruno solicita a ajuda de Wander para transferir uma quantia de 10 mil reais para outra conta, referindo-se ao montante como “negócio de aposta”. Contudo, ele se recusa a fazer a transferência, alegando que ambos têm o mesmo nome. Embora Wander insista em querer participar do suposto esquema, Bruno afirma que a situação é “pesada demais” para ele.
Mais tarde, no dia 16 de outubro de 2023, Wander volta a contatar Bruno, pedindo que ele receba um cartão amarelo durante uma partida do Flamengo, o que irrita o jogador.
Na véspera do jogo contra o Santos, em 31 de outubro de 2023, onde Bruno realmente recebe o cartão amarelo, ele liga para o irmão, insinuando que havia um acordo para tal.
Após a partida, Wander busca novamente a ajuda de Bruno, alegando dificuldades financeiras, incluindo atraso na pensão alimentícia e dívidas no cartão de crédito. Ele menciona que os ganhos de um esquema de apostas foram retidos devido a movimentações suspeitas.
Wander: “BH, acabei de chegar em casa. Não gastei nada, mas preciso de 4 mil para a pensão e o cartão. Você é minha única solução. Me ajuda, por favor.”
Bruno, relutante, acaba concordando em ajudar, desde que a dívida seja quitada assim que os fundos do esquema de apostas sejam liberados.
Além de Bruno Henrique, seu irmão Wander Nunes Pinto Júnior, a esposa dele, Ludymilla Araújo Lima, e a prima do jogador, Poliana Ester Nunes Cardoso, também foram indiciados. Todos estão sendo investigados sob a acusação de fraude em competições esportivas, conforme o artigo 200 da Lei Geral do Esporte, que prevê penas de dois a seis anos de reclusão, além de estelionato, que pode resultar em penas de um a cinco anos de prisão.
Um grupo de amigos de Wander também está sob investigação no inquérito.
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