Antes mesmo da chegada dos shoppings modernos à capital mineira, a Galeria Ouvidor já se destacava como um importante centro comercial no coração de Belo Horizonte. Inaugurada em março de 1964, essa galeria foi a pioneira na cidade, simbolizando o início de uma nova fase para o comércio local.
Situada entre as ruas São Paulo e Curitiba, no Hipercentro, a Ouvidor transformou a experiência de compras na região, reunindo diversas lojas em um único edifício. A inauguração foi um evento marcante, contando com a apresentação da famosa atriz e cantora Ângela Maria.
Além disso, o nome da galeria presta homenagem à histórica Rua Ouvidor, no Rio de Janeiro, reconhecida como um dos centros comerciais mais antigos do Brasil. O projeto original previa 353 lojas distribuídas por quatro andares, mas a estrutura final foi ampliada para seis andares. Atualmente, a galeria abriga 245 lojas, das quais 219 estão em operação, com um intenso fluxo de visitantes, especialmente em datas festivas, como o Natal, quando o número de pessoas pode ultrapassar 300 mil por mês.
Um dos marcos da Galeria Ouvidor foi a instalação da primeira escada rolante da cidade, embora o edifício Maletta também reivindique esse título. O projeto arquitetônico foi concebido pelo modernista Henri Friedlaender, responsável por outras obras notáveis em Belo Horizonte, como a Galeria Praça Sete (atual Galeria do Rock) e o Edifício Panorama, que é considerado patrimônio histórico.
Com o passar dos anos, a galeria passou por diversas transformações. O prédio, que antes não possuía portões, conectava livremente as duas ruas adjacentes. Atualmente, conta com segurança em todos os andares e adaptações em sua estrutura, como a troca dos antigos guarda-corpos por modelos de acrílico e metalon, visando garantir mais segurança aos visitantes.
Atualmente, a Galeria Ouvidor é monitorada por câmeras e vigilantes, oferecendo uma variedade de comércios, incluindo lojas de artesanato, roupas, acessórios, salões de beleza, lanchonetes, sex shops e até estúdios de tatuagem.




