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Moro é advertido pelo líder governamental após questionamento a ministro

Na quinta-feira (15/5), o senador Sergio Moro (União-PR) recebeu uma advertência do líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), durante uma audiência com o ministro da Previdência, Wolney Queiroz (PDT). A Comissão de Transparência do Senado estava ouvindo o ministro sobre as fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), quando o ex-juiz decidiu interrogá-lo sobre suas finanças pessoais.

Moro trouxe à tona informações da mídia sobre o patrimônio de Wolney, indagando: “Em 31/12/2022, há uma menção a R$ 431 mil em espécie. Poderia explicar essa situação?”. Wolney, que tentou uma vaga na Câmara dos Deputados nas últimas eleições, mas não obteve sucesso, respondeu: “Esses valores foram devidamente informados à Justiça Eleitoral. Provêm de atividades lícitas e meu patrimônio está todo declarado”. O senador insistiu, questionando se o ministro utilizava contas bancárias e se já havia declarado quantias em espécie anteriormente.

Durante a audiência, que se concentrou principalmente nas fraudes relacionadas a descontos não autorizados por aposentados e pensionistas do INSS, Jaques Wagner interveio, solicitando uma questão de ordem. “Esta comissão tem como objetivo investigar ações do governo, e não o ministro. Tentar pressioná-lo com questões que não se relacionam ao tema da audiência parece desviar do foco”, afirmou. O presidente da sessão, Doutor Hiran (PP-RR), perguntou ao ministro se ele se sentia confortável, recebendo uma resposta afirmativa.

Wolney destacou a importância do momento, dizendo: “Estamos sendo acompanhados por milhares de aposentados e pensionistas que esperam esclarecimentos sobre os acontecimentos. Preparei-me para isso e gostaria de aproveitar o tempo para abordar os temas pertinentes ao convite”. A declaração de patrimônio mencionada por Moro foi apresentada por Wolney em 2022. Ele, que já foi deputado federal pelo PDT em Pernambuco, tentou a reeleição no último pleito, mas não obteve êxito. Após a saída do então ministro Carlos Lupi, Wolney assumiu a pasta, vindo de uma posição de secretário-executivo da Previdência.

Carlos Lupi deixou o cargo após uma operação da Polícia Federal que investigava cobranças indevidas realizadas por entidades sobre a folha de pagamento de aposentados e pensionistas do INSS. A fraude foi inicialmente revelada pelo Metrópoles, levando ao afastamento do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.

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