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Os detalhes do acordo que encerrou a controvérsia envolvendo a Eldorado Celulose

O marco que possibilitou o acordo firmado hoje entre o grupo J&F e a Paper Excellence teve seu início em novembro de 2024. Naquela ocasião, a J&F fez uma proposta surpreendente de US$ 2,64 bilhões (equivalente a R$ 15 bilhões) para recomprar a participação da empresa estrangeira na Eldorado, levando em consideração o valor de mercado.

Apesar das tentativas de mediação promovidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sob a liderança do ministro Nunes Marques, não houve um consenso. No entanto, a proposta que agora se concretiza já estava sendo considerada. A Paper Excellence, na busca por prorrogar o processo, recorreu a diversas instâncias judiciais, mas enfrentou derrotas em todas as frentes do litígio.

No Tribunal de Justiça de São Paulo, a empresa estrangeira viu uma vitória se reverter, com a anulação de uma sentença que havia conseguido. Tentou, sem sucesso, levar a disputa para a justiça internacional através de uma nova arbitragem em Paris, mas a Corte decidiu que o caso deveria ser tratado no Brasil.

Adicionalmente, a Paper Excellence não teve sucesso em nenhuma das suas seis tentativas de contestar a decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que havia proibido a execução de atos relacionados à transferência, gestão e contratos vinculados à venda da Eldorado Celulose. Após uma série de insucessos, a empresa optou por desistir das ações judiciais.

Nesse contexto, a proposta bilionária apresentada no STF voltou a ser analisada de forma séria, resultando no acordo que pôs fim à maior disputa societária do Brasil.

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