Um avanço tecnológico desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) promete revolucionar a maneira como nos defendemos de mosquitos que transmitem doenças como dengue, zika e chikungunya. Nomeado Repeltex®, este produto é um “repelente espacial” que pode ser aplicado em tecidos, liberando continuamente substâncias que afastam os insetos do ambiente.
Diferente dos repelentes tradicionais, que são aplicados diretamente na pele, o Repeltex® oferece uma proteção duradoura, discreta e sem odor, com um efeito que pode se estender por até quatro meses. Sua ação cria uma área de proteção ao redor do tecido, beneficiando também pessoas que estão nas proximidades.
A primeira utilização prática dessa tecnologia ocorreu em sandálias de juta, um material acessível e poroso. De acordo com a UFMG, o teste se concentrou na proteção das pernas e pés, áreas frequentemente alvo de picadas. Os resultados positivos levaram ao início de novos experimentos com outros tipos de tecidos.
Atualmente, o repelente pode ser integrado a diversos materiais, como os utilizados em mochilas, cortinas, uniformes e até em móveis. A expectativa é que os produtos tratados com essa fórmula cheguem ao mercado nos próximos meses.
O repelente de alta eficácia é fruto da colaboração entre o Instituto de Ciências Biológicas da UFMG e a startup InnoVec, que está incubada no Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-Tec).




