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Um teste, de fato, para entender onde o Cruzeiro quer chegar

O Cruzeiro terá um duelo difícil contra o Inter neste domingo (6). A equipe colorada não perde para a Raposa desde 2016 e possui um time muito bem ajustado. Na temporada passada, já sob o comando de Roger Machado, a equipe emplacou uma sequência de 16 jogos sem derrotas, fundamental para levar o time de volta à Copa Libertadores.
E o torcedor celeste se lembra bem: este desempenho avassalador dos gaúchos começou justamente contra o Cruzeiro, quando os dois times se enfrentaram duas vezes em sequência, com uma vitória colorada por 1 a 0, no Beira-Rio, e um empate em 0 a 0, no Mineirão. Quando do primeiro encontro entre os times, em Porto Alegre, o Inter entrou em campo na 15ª posição, com 25 pontos, enquanto o Cruzeiro era o sétimo, com 37.
No fim do Brasileirão, a equipe do sul do país terminou em quinto, com 65 pontos, flertando até com a possibilidade de título, enquanto o Cruzeiro não foi sequer à Libertadores, finalizando em nono, com 52 pontos. Ou seja, desde que enfrentou o Inter no Beira-Rio até o fim da Série A, a Raposa somou apenas mais 15 pontos, enquanto o Colorado computou 40.
Voltar a esses dois confrontos contra o Inter no ano passado é necessário para mostrar o quanto o Cruzeiro está devendo. Jardim é o terceiro treinador desde aquela época e o time não consegue emplacar uma sequência de resultados. Está sempre faltando um algo a mais.
Era sabido que o Internacional não possuía um time ruim na temporada passada, muito pelo contrário. Mas atravessou problemas devido à tragédia climática no Rio Grande do Sul. Porém, em meio ao cenário calamitoso, o time se fechou de tal maneira que deu gosto de ver. Um coletivo de peças muito bem armadas, especialmente contando com a genialidade de Alan Patrick no meio.
O Cruzeiro foi ao mercado para buscar jogadores de talento, como o Colorado fez com Borré e outros, mas o coletivo precisa sustentar a engrenagem, potencializando as individualidades. Se a diretoria celeste ficou em dívida com a montagem do elenco, os jogadores também possuem sua parcela de culpa neste completo desajuste. É necessário querer mais, brigar mais, mostrar que está com gana de buscar o resultado, não se retraindo, mas também ditando o controle.
Contra o Inter, o Cruzeiro terá de fato um teste muito qualificado pela frente e o time precisa responder à altura do adversário que enfrentará – a única equipe da Série A do Brasileiro ainda invicta em 2025, com nove vitórias e quatro empates.
Se eles embalaram depois de confrontos contra a Raposa, chegou a hora de fazer deste duelo um ponto de virada para o time celeste. Mas será preciso apresentar muito mais do que tem se visto até o momento.

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