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INSS: 1,4 milhão de beneficiários pedem reembolso após identificarem descontos indevidos

Neste sábado (17/5), o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) revelou que 1,4 milhão de pessoas contestaram descontos em suas aposentadorias e pensões, solicitando reembolso. Há quatro dias, o órgão iniciou uma operação para devolver valores que foram desviados por várias entidades em um esquema de fraudes, descoberto pelo Metrópoles.

Segundo o relatório do INSS, 41,7 milhões de cidadãos acessaram o Meu INSS, com 6,9 milhões utilizando a funcionalidade de consulta de descontos. Dentre aqueles que verificaram suas contas, 3,3 milhões não encontraram deduções. Por outro lado, 1.494.956 pessoas analisaram as retenções realizadas por organizações associativas, mas apenas 27 mil confirmaram ter autorizado tais descontos. Consequentemente, 1.467.933 indivíduos pediram o reembolso.

No total, 41 organizações foram alvo de contestações, sendo suspeitas de fraudar assinaturas de aposentados e pensionistas para aplicar descontos indevidos. O esquema, que teve início em 2019 durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), continuou até este ano, quando a Polícia Federal (PF) conduziu uma operação que resultou na saída do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e, em seguida, do ministro da Previdência, Carlos Lupi, do governo Lula (PT).

Em 14/5, Gilberto Waller Júnior, o novo presidente do INSS, anunciou que a instituição proporcionará atendimento presencial para auxiliar todos os afetados pela fraude, se necessário. “Faremos um levantamento para verificar se há alguma comunidade ou região que não conseguiu realizar esse tipo de solicitação ao INSS. (…) Todos receberão o reembolso no menor prazo possível”, afirmou.

A nova gestão do INSS também informou que os aposentados e pensionistas que tiveram descontos indevidos nos últimos cinco anos receberão o reembolso corrigido pela inflação. As entidades questionadas terão um prazo de 15 dias para apresentar provas de que os descontos foram feitos de forma legítima. Caso não consigam comprovar a adesão voluntária dos beneficiários, deverão restituir os valores ao INSS por meio de uma Guia de Recolhimento da União (GRU). Após o ressarcimento, o INSS se encarregará de repassar os valores às pessoas afetadas, utilizando a conta previamente cadastrada para o recebimento dos benefícios.

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