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Bolsonaro estabelece paralelos entre anistiados da ditadura e detidos por atos de 8 de janeiro: “Desigualdade”

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez uma reflexão, nesta segunda-feira (12/5), sobre as diferenças entre a situação dos anistiados ligados à esquerda armada e aqueles que foram detidos após os eventos de 8 de janeiro. Em suas redes sociais, ele mencionou grupos que receberam reconhecimento oficial e compensações financeiras por ações que, em seu tempo, desafiavam o regime e suas instituições.

“Agora, compare-se essa realidade à situação de cidadãos comuns que estiveram nos protestos de 8 de janeiro de 2023. Mais de 2 mil indivíduos foram capturados, muitos deles sem antecedentes criminais, incluindo idosos, mães de família e trabalhadores que nunca pegaram em armas”, expressou Bolsonaro.

Ele argumentou que “não existem provas concretas de envolvimento direto em atos de vandalismo por parte de algumas das pessoas condenadas”. Além disso, ressaltou que “alguns simplesmente estavam presentes no local, e muitos não tiveram seu direito à ampla defesa respeitado”.

“Não se trata de isentar responsabilidades. Mas como justificar que um militante envolvido em sequestros, como certos membros do MIR ou da VAR-Palmares, receba indenização vitalícia com dinheiro público, enquanto um pai de família que protestava em Brasília enfrenta 17 anos de prisão, sem qualquer histórico de violência?”, indagou.

Bolsonaro também participou de um ato em Brasília, na última quarta-feira (7/5), em prol da anistia. A manifestação, que contou com a presença de vários deputados do PL, teve como foco reforçar o pedido de anistia para aqueles condenados pelos eventos de 8 de janeiro. Ele agradeceu aos apoiadores do movimento “Caminhada Pacífica pela Anistia Humanitária” e enfatizou que o Brasil “tem um chamado à liberdade”, defendendo que a anistia é uma prerrogativa do Legislativo, deixando claro que “ninguém deve interferir”, em referência ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Na Câmara, tramita um projeto de lei que busca conceder perdão aos manifestantes que participaram da invasão e depredação dos edifícios dos Três Poderes em Brasília, em janeiro de 2023. A proposta de anistia conta com o apoio da oposição, que afirma ter as assinaturas necessárias para aprovar a urgência do projeto. Se a urgência for aprovada, o texto poderá ser votado diretamente pelos deputados em Plenário, acelerando sua tramitação.

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