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Lula chega à China em meio a tensões comerciais com os EUA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou à China neste domingo (11/5) para participar da cúpula China-Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos). Esta é a quarta visita oficial do líder brasileiro ao país asiático, que ocorre em um contexto de conflitos tarifários entre a China e os Estados Unidos de Donald Trump.

Na segunda-feira (12/5), Lula deve participar do encerramento do Fórum Empresarial Brasil-China. Já na terça-feira (13/5), está programada a cúpula China-Celac, além de uma reunião bilateral com o presidente chinês Xi Jinping, o presidente da Assembleia Popular Nacional, Zhao Leji, e o primeiro-ministro, Li Qiang.

Essa viagem integra a “força-tarefa” do governo brasileiro para fortalecer as relações comerciais com a China, que atualmente se destaca como o principal destino das exportações brasileiras. Durante a agenda comercial, há expectativas de assinatura de 16 documentos de cooperação, abrangendo protocolos, anúncios e memorandos de entendimento, além de outros 32 textos que ainda estão em fase de negociação.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, chegou à China uma semana antes para preparar a visita. A comitiva presidencial inclui ministros e parlamentares, como o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e o presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União-AP).

Lula e a primeira-dama Janja foram recebidos em Xangai, e o presidente brasileiro já realizou jantares com Xi Jinping em ocasiões anteriores. Os governos do Brasil e da China estão elaborando uma declaração conjunta que abordará questões como multilateralismo, reforma da governança global e soluções pacíficas para conflitos em andamento.

Conforme reportado pelo Metrópoles, o presidente, em suas visitas à Rússia e à China nesta semana, busca se posicionar como um “mensageiro da paz”. O Brasil, junto com a China, propôs uma resolução pacífica para o conflito entre a Rússia e a Ucrânia.

A expectativa é que a declaração conjunta reforce a defesa do multilateralismo em meio às tensões comerciais com Donald Trump e promova a paz em relação aos conflitos globais atuais. Vale lembrar que Lula esteve em Pequim em abril de 2023, onde firmou vários acordos bilaterais de comércio, e no ano anterior recebeu Xi Jinping em Brasília, logo após a reunião do G20 no Rio de Janeiro, em novembro.

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