Nesta terça-feira (3 de junho), a administração federal decidiu estender até 25 de junho o prazo para o pagamento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) relacionado a planos de seguro de vida com cobertura por sobrevivência, cujos aportes mensais excedam R$ 50 mil. Essa decisão abrange transações realizadas a partir de 23 de maio deste ano, logo após a divulgação de alterações nas tarifas do imposto.
A prorrogação foi formalizada por meio da Portaria nº 1.215 do Ministério da Fazenda, publicada nesta terça-feira. De acordo com o documento, os pagamentos referentes ao terceiro decêndio de maio, que deveriam ser efetuados até esta quarta-feira (4 de junho), e ao primeiro decêndio de junho, com data limite até 13 de junho, foram adiados para 25 de junho.
A mudança anunciada pelo Ministério da Fazenda inclui os planos da categoria Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL). Anteriormente isentos do imposto, esses planos agora enfrentam a cobrança de 5% sobre aportes mensais superiores a R$ 50 mil, conforme a alteração implementada em 22 de maio. Os aportes que não atingem esse limite permanecem isentos.
O governo está em diálogo com o Poder Legislativo para encontrar soluções para os desafios gerados pelas mudanças na cobrança do IOF. A intenção da administração federal é aumentar a arrecadação, visando equilibrar as contas públicas, com previsões de arrecadação de R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026.
Na segunda-feira (2 de junho), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se encontrou com colegas de outras pastas e com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), para discutir ajustes no IOF e possíveis alterações nas despesas públicas. Haddad saiu do encontro sem prestar declarações à imprensa, assim como os demais presentes. Após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ministro mencionou que o anúncio das novas medidas deve ocorrer no domingo (8 de junho), após um encontro com líderes do Congresso Nacional.
No mesmo dia em que as mudanças no IOF foram anunciadas, em 22 de maio, o governo também divulgou um corte de gastos de R$ 31,3 bilhões, com a mesma finalidade de equilibrar arrecadação e despesas. A repercussão negativa das alterações no IOF resultou em uma alta no dólar e uma queda na bolsa de valores, levando a uma revisão de dois pontos nas propostas de mudança horas após seu anúncio. Desde então, ajustes na cobrança do imposto e no orçamento federal estão sendo discutidos entre os poderes Executivo e Legislativo.
Para ficar por dentro das notícias do Brasil, você pode receber atualizações pelo WhatsApp e acompanhar tudo em nosso canal de notícias do Metrópoles. Também é possível seguir as novidades pelo Telegram, acessando nosso canal de notícias.




