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Advogados de Poze do Rodo solicitam habeas corpus para a liberação do artista

A equipe jurídica do MC Poze do Rodo protocolou um habeas corpus visando a liberdade provisória do cantor. Ele se encontra detido desde a última quinta-feira (29/5) após ser alvo de uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Acusado de apologia ao crime e suposto vínculo com o Comando Vermelho (CV), Poze está encarcerado em Bangu, em uma cela destinada a membros da facção, devido ao seu receio de ser colocado em contato com detentos do Terceiro Comando Puro (TCP).

O advogado de Poze alega na petição que o artista é vítima de uma “perseguição cultural” e de uma “perseguição à arte periférica”. Ele argumenta que as provas apresentadas pela polícia, durante a execução do mandado de prisão, são frágeis e subjetivas. Até o momento, o habeas corpus ainda não foi analisado pela 5ª Vara Criminal da Comarca da Capital.

Segundo a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Civil do Rio de Janeiro, a operação contra o cantor foi embasada em uma “relação sólida” entre Poze e o CV. As investigações indicam que ele frequentemente participava de festas organizadas pela facção em comunidades sob seu domínio, como o Complexo do Alemão e a Cidade de Deus. Além disso, Poze teria realizado shows financiados pelo CV nessas áreas, supostamente contribuindo para a lavagem de dinheiro do tráfico.

Ao determinar a prisão de Poze, a Justiça observou que o grupo ao qual o cantor estaria associado também organizava rifas de veículos e transferências via Pix, com prêmios que poderiam alcançar R$ 200 mil. Contudo, em relação aos veículos, a documentação não era transferida para os ganhadores.

A polícia destacou que os suspeitos usavam os resultados da Loteria Federal como referência para os sorteios, criando uma falsa impressão de credibilidade e legalidade. Entretanto, não havia qualquer auditoria oficial para validar os ganhadores, e, segundo a investigação, utilizavam um aplicativo personalizado com indícios de fraude, tornando a prática ilegal.

Além de Poze, sua esposa, Viviane, também enfrentou sanções judiciais. O processo está sob segredo de Justiça, mas entre os bens confiscados estão veículos de luxo — incluindo uma Land Rover, uma BMW e um Honda HRV — além de várias joias.

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