JMV News

Entenda o processo de avaliação da extinção de espécies animais

A extinção de animais no planeta é um fenômeno alarmante que ocorre tanto por causas naturais quanto pela intervenção humana. Nos últimos anos, algumas espécies têm sido reencontradas, desafiando a comunidade científica e reacendendo a esperança de que práticas ecológicas eficazes possam contribuir para a redescoberta de animais.

A determinação da extinção de uma espécie é realizada pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), em parceria com biólogos e especialistas em conservação. Essa organização mantém a Lista Vermelha das Espécies Ameaçadas, um recurso vital utilizado por governos, pesquisadores e ONGs para formular ações de proteção.

Para que uma espécie seja oficialmente considerada extinta, deve-se ter certeza de que o último indivíduo realmente faleceu. Este processo é altamente rigoroso, pois uma declaração de extinção é definitiva. Comunicações prematuras podem resultar na interrupção de iniciativas de conservação.

“É plausível que uma espécie ainda exista, mas viva em áreas remotas. Mantemos a esperança de que algumas espécies, que se acreditam extintas, possam estar escondidas, como o tietê-de-coroa”, afirma o biólogo Ben Phalan, responsável pela conservação no Parque das Aves, no Paraná.

Diversos fatores influenciam a busca por uma espécie. Acessibilidade limitada a habitats, comportamento discreto ou noturno, populações pequenas e até a escassez de recursos para os pesquisadores são algumas das principais dificuldades. “Frequentemente, o reaparecimento só se concretiza graças a expedições científicas ou avistamentos acidentais por comunidades locais”, ressalta a professora de biologia Sheila Souza, do Colégio Católica, em Minas Gerais.

Esse fenômeno é denominado efeito Lázaro na ciência, em referência à figura bíblica que retornou à vida. Refere-se a espécies que, após serem consideradas extintas, reaparecem de maneira inesperada, às vezes após longas décadas ou até séculos, explica o biólogo Paulo Henrique Barboza de Castro, coordenador pedagógico do Colégio Marista, em Brasília.

Com o avanço tecnológico, as chances de descobrir e proteger espécies raras aumentaram significativamente. Ferramentas como drones, imagens de satélite, sensores que captam sons da natureza e técnicas de DNA ambiental têm sido fundamentais para os cientistas nas suas pesquisas.

Além da tecnologia, outros fatores podem justificar o retorno de espécies que se pensavam extintas. No passado, a ausência de dados limitava as buscas, levando a conclusões errôneas. Melhorias nos habitats naturais também podem oferecer condições adequadas para a sobrevivência de algumas espécies.

O reaparecimento de animais extintos ou ameaçados inspira otimismo, mas deve ser acompanhado de monitoramento contínuo para evitar que desapareçam novamente.

“Encontro esperança no trabalho de conservacionistas que estão empenhados em salvar espécies ameaçadas, como SAVE Brasil, Aquasis, ICMBio, Instituto Marcos Daniel, CRAX Brasil e outras. No Parque das Aves, colaboramos com essas iniciativas. Com apoio, essas organizações podem fazer a diferença na preservação das espécies”, conclui Ben.

Acompanhe a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique atualizado sobre o tema!

Receba informações sobre Saúde e Ciência diretamente no seu WhatsApp. Acesse o canal de notícias do Metrópoles no WhatsApp para se manter informado!
Para explorar tudo sobre ciência e nutrição, confira nossas reportagens na seção de Saúde.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima