O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que o Partido dos Trabalhadores (PT) será capaz de vencer a “extrema direita desprezível” nas eleições de 2026. Sua afirmação ocorreu durante um discurso na segunda-feira (19/5), no evento que marcou a candidatura de Edinho Silva à presidência do partido. Edinho representa a corrente Construindo um Novo Brasil, alinhada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Percebo que todos estão com um semblante mais alegre hoje. No próximo ano, vamos dar trabalho para essa extrema direita desprezível e veremos o presidente Lula novamente subir a rampa do Planalto”, comentou Haddad.
Até essa segunda-feira, a CNB enfrentava divisões internas. Após uma “operação abafa” promovida pelo Planalto, com a articulação de ministros, incluindo Haddad e a ministra Gleisi Hoffmann, Washington Quaquá, prefeito de Maricá (RJ), decidiu não concorrer à presidência.
O presidente Lula temia que o PT se dividisse em sua eleição interna, considerando que seu grupo majoritário, de tendência centrista, estava em conflito. De acordo com o regimento interno do partido, é necessário realizar debates públicos entre os candidatos, o que poderia intensificar o clima de rivalidade.
“Se a CNB se dividisse, o PT também se dividiria”, destacou o líder do governo na Câmara, José Guimarães (CE). Agora, Edinho Silva competirá pela presidência do partido contra representantes de correntes menores. “Acredito que a eleição do Edinho será decidida no primeiro turno”, acrescentou.
O deputado federal Rui Falcão (SP), que já presidiu o PT entre 2011 e 2017, também lançou sua candidatura. Ele conta com o apoio de outros ex-presidentes do partido, como José Genoíno e Olívio Dutra, além de João Pedro Stédile, líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Falcão integra a corrente Novo Rumo e recebe suporte de outras tendências internas, como Democracia Socialista (DS), Avante, Diálogo, Ação Petista (DAP) e Militância Socialista (MS).
Ainda entre as correntes ideológicas do PT, dois outros candidatos se juntaram à disputa: Romênio Pereira, secretário de Relações Internacionais do partido, ligado ao Movimento PT, e Valter Pomar, historiador e membro do Diretório Nacional do PT. Ambos são figuras emblemáticas da história do partido.
Fique por dentro das notícias do Brasil no seu WhatsApp! Acesse o canal de notícias do Metrópoles. E também no Telegram, para receber atualizações diretas!




