Neste sábado (17/5), o governo do estado do Rio Grande do Sul anunciou a declaração de estado de emergência em saúde animal. A ação visa intensificar o combate aos surtos de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP), conhecida como gripe aviária.
A decisão se deve à identificação de dois focos da doença no estado: um em uma granja comercial localizada em Montenegro e outro no zoológico de Sapucaia do Sul, ambas na região metropolitana de Porto Alegre. O governo federal já havia informado sobre esses casos na última sexta-feira (16/5).
A medida abrange 12 municípios: Triunfo, Capela de Santana, Nova Santa Rita, Montenegro, Esteio, Canoas, Gravataí, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Cachoeirinha, Novo Hamburgo e Portão. Segundo a administração estadual, a declaração, que terá validade de 60 dias, permitirá uma resposta mais rápida ao combate aos surtos de gripe aviária.
Uma das previsões do decreto é a implementação de isolamento sanitário, o que inclui a “restrição de movimentação de materiais de risco associados à propagação da doença”. Isso pode resultar em mudanças no tráfego de vias públicas ou até mesmo no bloqueio de acessos.
O decreto de emergência, assinado pelo governador Eduardo Leite, também prevê a possibilidade de outras ações. “O secretário de Estado da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação pode emitir normas complementares a este decreto, regulando situações específicas de sua competência”, destaca um trecho do documento.
Em julho de 2023, o governo do Rio Grande do Sul já havia decretado emergência sanitária na luta contra a gripe aviária, após a detecção da doença em uma ave silvestre na Estação Ecológica do Taim, em Santa Vitória do Palmar, ainda em maio daquele ano.
Devido aos surtos identificados no estado, o governo federal também decretou emergência sanitária em um raio de 10 quilômetros ao redor da granja em Montenegro, onde cerca de 17 mil aves perderam a vida.
Em resposta a essa situação, o governo federal tem seguido o Plano de Contingência Nacional do Setor Saúde para Influenza Aviária, estabelecido em 2025.
Até o momento, países como China, União Europeia, Argentina, Chile e México suspenderam as importações de carne de frango brasileira, conforme estipulado em contratos. Entretanto, outros países que adotaram o princípio de regionalização, conforme recomendado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), que limita os embargos às exportações ao raio de 10 quilômetros do foco, não tomaram medidas semelhantes.
As autoridades brasileiras garantem que não há risco para a população em consumir ovos ou carne de frango.
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