Durante uma discussão sobre o esquema de descontos irregulares em aposentadorias e pensões, o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, declarou que os responsáveis pela fraude terão que restituir os aposentados. Em audiência com senadores nesta quinta-feira (15/5), ele enfatizou que “o presidente Lula deixou claro que os culpados deverão ressarcir os aposentados. Já conseguimos identificar e bloquear R$ 2,5 bilhões e esperamos que as investigações em andamento revelem mais recursos e bens para serem adicionados a essa soma, garantindo que o dinheiro venha dos fraudadores”, ressaltou. “Os ladrões que prejudicaram os aposentados serão os que arcarão com o ressarcimento”, reiterou.
No final de seu depoimento, Wolney acrescentou que, se necessário, o governo encontrará uma forma de cobrir essas despesas. “O presidente Lula assegurou que nenhum aposentado ou pensionista sairá no prejuízo, e essa promessa será cumprida rigorosamente”, garantiu.
O ministro comprometeu-se a investigar as fraudes nos débitos irregulares até as últimas consequências, assegurando que “nenhuma das 41 associações envolvidas ficará isenta dessa apuração”. Ele fez essa afirmação em resposta a questionamentos do senador Rogério Marinho (PL-RN) sobre entidades que poderiam estar sendo poupadas, como o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi), cujo vice-presidente é Frei Chico, irmão do presidente Lula (PT).
As fraudes no INSS foram expostas pelo Metrópoles em uma série de reportagens iniciadas em dezembro de 2023, que resultaram na abertura de um inquérito pela Polícia Federal para investigar cobranças realizadas por entidades registradas em nomes de laranjas.
O ministro Wolney Queiroz chegou à audiência na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor, onde o foco principal foi o esquema de fraudes envolvendo descontos não autorizados por aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).




