Após 170 dias de paralisação, os servidores da Receita Federal relataram, na quarta-feira (14/5), que as conversas com o governo Lula (PT) não progrediram. O Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita (Sindifisco Nacional) descreveu como “desanimadora” a primeira reunião deste ano com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) para discutir a greve, ressaltando que não houve uma proposta concreta para a categoria.
O encontro teve como intuito encontrar uma solução para a interrupção das atividades e contou com a presença do secretário de Relações de Trabalho do MGI, José Lopez Feijóo, e do subsecretário de Gestão Corporativa da Receita, Juliano Brito. O presidente do Sindifisco, Dão Real, expressou sua decepção: “Era esperado que nesta primeira reunião não tivéssemos uma proposta final, mas foi extremamente frustrante. Esperávamos que, após quase 170 dias de greve, o MGI já tivesse condições de nos apresentar uma oferta minimamente aceitável.”
De acordo com Dão Real, o ministério comprometeu-se a buscar uma solução para as reivindicações dos auditores até a próxima semana. Os servidores exigem que o teto salarial não seja inferior ao teto constitucional, correspondente ao salário de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Além disso, solicitam mudanças na forma de cálculo do bônus de eficiência e a continuidade do teletrabalho integral.
A greve da Receita Federal inclui a suspensão de tributos internos e a implementação de uma operação padrão, conhecida como “operação tartaruga”, nas fronteiras do Brasil. Na mesma data, a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Audita) realizou uma manifestação em frente ao Ministério da Fazenda, pedindo a destituição do secretário da Receita, Robinson Barreirinhas.




