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Entenda as distinções entre tufão, furacão e ciclone

Você conhece as diferenças entre tufão, furacão e ciclone? Esses fenômenos naturais podem provocar grandes destruições em suas trajetórias. Embora sejam denominados de maneiras distintas, todos representam um mesmo tipo de supertempestade, com a principal diferença sendo a localização geográfica em que ocorrem.

Com o agravamento do aquecimento global, a probabilidade de surgimento de tufões, furacões e ciclones tem aumentado consideravelmente. O descuido em relação ao meio ambiente tem elevado as temperaturas dos oceanos, facilitando a formação dessas tempestades.

“Os furacões se formam sobre águas extremamente quentes, um fato amplamente reconhecido pelos meteorologistas. Oceanos mais aquecidos aumentam a probabilidade de ciclones e de fenômenos ainda mais intensos”, advertiu a meteorologista Josélia Pegorim, do Climatempo, em uma entrevista anterior ao Metrópoles.

Para que esses fenômenos se desenvolvam, é necessário que as águas oceânicas estejam a temperaturas superiores a 26°C. O ar quente e úmido sobe e começa a girar devido ao movimento de rotação da Terra, criando um sistema de ventos em espiral. Como a evaporação da água do mar é fundamental nesse processo, ciclones, furacões e tufões geralmente se formam em regiões tropicais.

“A intensidade da tempestade é determinada pelo seu processo de formação, não sendo uma mais forte que a outra de maneira específica. Os fatores que influenciam sua intensidade incluem a variação da pressão atmosférica, a força do Efeito Coriolis – que se refere ao movimento rotacional – e a temperatura da área. Esses elementos permitem que tempestades tropicais atinjam ventos de até 200 km/h, resultando em impactos significativos”, explica Yan Santana, professor de geografia do Colégio Católica Brasília.

Esses fenômenos naturais são classificados conforme a força dos ventos. Furacões e tufões são categorizados em níveis, que variam de um (a menos intensa) a cinco (a mais destrutiva). Por sua vez, os ciclones são divididos em tropicais, extratropicais e subtropicais.

Os ciclones tropicais são os mais potentes e devastadores. Eles se formam tanto no hemisfério Norte, onde giram no sentido anti-horário, quanto no hemisfério Sul, girando no sentido horário, e não estão associados a frentes frias. Os ciclones extratropicais surgem entre as latitudes de 30° e 60° em ambos os hemisférios e estão sempre vinculados a uma frente fria, sendo os mais frequentes no Brasil. Esses podem causar ventos fortes, chuvas intensas e ressacas no litoral.

Os ciclones subtropicais são uma fusão dos dois tipos anteriores. Geralmente, surgem na primavera, mas nem sempre estão conectados a uma frente fria.

Os eventos de ciclone mais notórios no Brasil ocorreram em março de 2004, quando a região Sul foi afetada pelo Ciclone Catarina, de categoria tropical, e em setembro de 2023, na mesma área, quando um ciclone extratropical provocou enchentes e inundações.

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