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Sandrão busca interromper a série ‘Tremembé’ por ‘falsidades’, afirma seu advogado

Em uma conversa com o programa Domingo Espetacular, Sandra Regina Ruiz Gomes, conhecida como Sandrão, juntamente com seu advogado, revelou que pretende solicitar a suspensão da série “Tremembé”, uma produção exclusiva do Prime Video.

O que motivou essa ação, conforme apontou o advogado, são cenas que alteram a realidade dos eventos relacionados ao crime pelo qual ela foi punida, o que pode, inclusive, complicar sua situação legal. A série retrata a experiência de Sandra na penitenciária de Tremembé, onde cumpriu sua pena e ganhou notoriedade por seus relacionamentos com outras detentas conhecidas, como Suzane von Richthofen e Elize Matsunaga. Na produção, Sandra é interpretada pela atriz Letícia Rodrigues.

O advogado de Sandra destacou uma cena específica que lhe causa grande preocupação: a que retrata a personagem entregando a arma do crime. “É fato que ela tem ligação com o crime, mas sua participação é apenas isso, o que foi comprovado no processo. A série sugere que ela fornece a arma a um menor, o que poderia agravar sua penalidade,” esclareceu durante uma entrevista com Roberto Cabrini.

Segundo ele, essa representação não reflete os documentos do processo, que indicam que Sandra foi condenada por fazer ligações telefônicas para a família da vítima sequestrada, exigindo um resgate.

No programa, Sandra, que atualmente cumpre pena em regime aberto e espera uma solução até janeiro de 2028, compartilhou o impacto que a série teve em sua vida, afirmando que se sentiu explorada pela produção. “Utilizaram minha imagem e meu nome para obter lucro,” desabafou.

Ela também comentou sobre o assédio e as dificuldades para sua reintegração social desde a exibição da série. “Não consigo ir a lugar algum sem ser reconhecida. As pessoas estão cheias de raiva de mim,” lamentou.

Sandra defende que já pagou sua dívida com a Justiça, mas agora se vê sendo julgada novamente pela sociedade. “Já cumpri a pena pelo meu crime, mas agora estão me fazendo pagar outra vez,” afirmou. Seu advogado acrescentou que a produção “gerou um clamor social e uma sensação de fazer justiça,” mas alertou sobre o fato de que “a vida dela está em risco.”

O crime em questão ocorreu em 2005, quando Sandra foi condenada por sua participação no sequestro e assassinato de um adolescente de 14 anos em Mogi das Cruzes. A sentença inicial foi de 27 anos, reduzida para 24 anos após recurso. Ela sempre alegou ter sido coagida e ameaçada para realizar as ligações solicitando um resgate de R$ 30 mil à família da vítima, que informou ter apenas R$ 3 mil. O adolescente foi morto com um tiro na cabeça, mesmo após o contato.

Atualmente, Sandra tenta reconstruir sua vida em Mogi das Cruzes, onde vive em união estável.

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