** Neste sábado, 17 de maio, comemoramos o Dia Mundial da Hipertensão Arterial, uma ocasião que destaca a relevância da detecção precoce e da prevenção da pressão alta, uma condição crônica que muitas vezes passa despercebida e pode levar a sérias complicações, como infarto e AVC.
A hipertensão arterial é marcada pela elevação constante da pressão sanguínea nas artérias. De acordo com a pesquisa Vigitel de 2023, cerca de 30% da população adulta no Brasil enfrenta essa condição, sendo sua prevalência maior entre as mulheres (29,3%) do que entre os homens (26,4%).
Conforme o cardiologista Rafael Côrtes, do Grupo Santa em Brasília, a hipertensão é um “inimigo silencioso”. “Muitas pessoas só descobrem que têm hipertensão após sofrer um infarto ou um AVC. É uma condição que não apresenta sintomas visíveis, e os pacientes frequentemente a identificam durante exames de rotina ou em situações de emergência”, explicou ele em entrevista ao Metrópoles.
A hipertensão pode ser classificada em primária, quando não está vinculada a uma causa específica, e secundária, que ocorre devido a outras condições de saúde, como desordens hormonais, doenças renais ou uso de certos medicamentos. O cardiologista Carlos Eduardo, da rede Dasa, ressalta que fatores como alimentação inadequada, sedentarismo, obesidade, estresse, e o uso de substâncias como álcool, tabaco, drogas ilícitas e esteroides anabolizantes têm contribuído para o aumento da incidência da doença entre os jovens. “Quando o diagnóstico ocorre antes dos 40 anos, sempre buscamos investigar possíveis causas secundárias”, acrescentou.
Por se tratar de uma condição crônica, a hipertensão requer acompanhamento médico regular. O diagnóstico é estabelecido quando a pressão arterial se encontra acima de 140×90 mmHg em pelo menos duas ou três medições realizadas em dias distintos e fora do ambiente clínico. Em várias situações, o médico pode solicitar o monitoramento ambulatorial da pressão arterial (MAPA), um exame que avalia os níveis de pressão ao longo de 24 horas.
A prevenção continua sendo a estratégia mais eficaz para evitar o surgimento da doença. “Adotar um estilo de vida saudável, com uma alimentação balanceada, prática regular de atividades físicas, sono adequado e controle do estresse, é essencial. Aqueles com histórico familiar devem fazer o acompanhamento e medir a pressão com frequência”, orienta Carlos Eduardo.
A hipertensão, também chamada de pressão alta, afeta o coração, os vasos sanguíneos, os olhos, o cérebro e pode impactar severamente os rins. A condição é definida quando a pressão arterial ultrapassa frequentemente os 140 por 90 mmHg. Além da predisposição genética, fatores como consumo excessivo de álcool, tabaco, sal, obesidade, colesterol elevado, diabetes, idade avançada, estresse e sedentarismo podem influenciar os níveis de pressão arterial.
Os sintomas mais comuns incluem tontura, visão turva, dores de cabeça e cervical, que frequentemente surgem quando há um aumento rápido na pressão. Outros sinais que podem aparecer em pessoas hipertensas incluem zumbido nos ouvidos, visão dupla ou embaçada, dor na nuca, sonolência, palpitações, náuseas e pequenas manchas de sangue nos olhos.
A pressão alta é responsável por sérias complicações como AVC, insuficiência cardíaca e perda de visão. Caso surjam suspeitas de hipertensão, é aconselhável medir a pressão arterial com um aparelho apropriado, seja em casa ou em farmácias.
Apesar de sua gravidade, a hipertensão pode ser controlada. Hábitos saudáveis, como a prática de exercícios, alimentação equilibrada, evitar situações estressantes, limitar o consumo de álcool, controlar o peso e os níveis de colesterol, além de evitar substâncias que elevem a pressão arterial (como cafeína, antidepressivos e corticoides), são fundamentais para o manejo da condição.
Ao notar qualquer sintoma, é crucial consultar um cardiologista. Sendo uma doença crônica sem cura, a detecção precoce é vital para prevenir complicações graves e irreversíveis. Apenas um especialista pode diagnosticar a hipertensão e recomendar o tratamento adequado para aliviar os sintomas e minimizar os efeitos da doença. Normalmente, a utilização de medicamentos e repouso são recomendados.
Caso a pressão arterial permaneça acima de 140/90 mmHg após uma hora, o paciente deve buscar imediatamente atendimento médico para receber anti-hipertensivos intravenosos.
Apesar de ser uma condição amplamente reconhecida, a hipertensão ainda é cercada de equívocos. A seguir, confira algumas verdades e mitos associados a essa condição:
**Mito:** A hipertensão é uma doença que afeta apenas pessoas mais velhas; na realidade, pode ocorrer em qualquer faixa etária, incluindo jovens e crianças, especialmente se houver histórico familiar, obesidade ou sedentarismo.
**Verdade:** A genética é um dos principais fatores de risco. Indivíduos com parentes que têm hipertensão devem monitorar seus níveis regularmente.
**Verdade:** A pressão alta prejudica os vasos sanguíneos e pode resultar em complicações sérias se não for tratada.
**Mito:** A ausência de sintomas não significa que a pressão arterial está sob controle. Interromper o tratamento sem orientação médica é perigoso.
**Mito:** A hipertensão é silenciosa e pode passar despercebida, mesmo com níveis elevados.
**Mito:** Reduzir o consumo de sal é benéfico, mas o controle da pressão requer uma combinação de hábitos saudáveis, perda de peso, exercícios físicos e, muitas vezes, o uso de medicamentos.
**Verdade:** Embora a condição geralmente não tenha cura, ela pode ser gerida com um tratamento adequado e mudanças no estilo de vida.
**Mito:** Os medicamentos anti-hipertensivos não criam dependência. O uso contínuo é necessário porque a hipertensão é uma condição crônica.
**Verdade:** Dietas equilibradas, como a DASH, combinadas com a prática de atividades físicas, são eficazes para o controle da pressão arterial.
**Verdade:** O estresse frequente pode contribuir para o aumento da pressão arterial. Técnicas de relaxamento e pausas na rotina são recomendadas.
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