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Dicas para proteger as crianças de infecções respiratórias durante o outono

Com a chegada do outono, observa-se um aumento nas consultas pediátricas em hospitais brasileiros devido a doenças respiratórias. Essa época do ano é marcada por frentes frias e ar seco, que favorecem a propagação do vírus sincicial respiratório (VSR), o principal agente causador de infecções respiratórias em crianças pequenas, como bronquiolite e pneumonia.

A permanência em ambientes fechados também intensifica a disseminação dos vírus. Portanto, é fundamental que os pais fiquem especialmente atentos, uma vez que o VSR é frequentemente associado à síndrome respiratória aguda grave (Srag) em crianças.

“As infecções respiratórias podem se manifestar de diversas formas, como bronquiolite, pneumonia viral, pneumonia bacteriana ou infecções leves nas vias aéreas superiores”, explica o pediatra Werther Brunow de Carvalho, do Hospital Santa Catarina Paulista em São Paulo.

Devido à imaturidade do sistema imunológico e ao menor contato com vírus na infância, o VSR afeta mais frequentemente bebês e crianças pequenas. Os pulmões das crianças são mais suscetíveis à inflamação provocada pelo vírus.

Para prevenir infecções respiratórias em crianças, é importante adotar medidas simples e eficazes, como garantir que os ambientes estejam sempre bem ventilados, reforçar a higiene das mãos, assegurar a hidratação adequada e evitar mudanças bruscas de temperatura.

Em fevereiro, o Ministério da Saúde anunciou a inclusão da vacina Abrysvo contra o VSR no Sistema Único de Saúde (SUS). Essa vacina é recomendada para gestantes entre a 24ª e a 36ª semana de gestação, permitindo a transferência de anticorpos para o bebê durante a gravidez.

Outra iniciativa mencionada pelo ministério foi a introdução do anticorpo monoclonal nirsevimabe, que é direcionado a bebês prematuros e crianças com condições de saúde de risco, como cardiopatias graves, doenças pulmonares, fibrose cística e imunodeficiências. Esse anticorpo é administrado em dose única e atua como uma barreira contra a propagação do VSR.

Bebês com menos de seis meses enfrentam um risco elevado de complicações decorrentes de infecções respiratórias, especialmente aqueles que nasceram prematuramente ou que têm condições como cardiopatia congênita, displasia broncopulmonar (DBP) e outras doenças crônicas que comprometem o sistema imunológico ou dificultam a eliminação de secreções.

“Essas crianças estão em maior risco, e tanto os pais quanto os profissionais de saúde devem estar muito atentos. Se forem infectadas pelo vírus, têm maior probabilidade de necessitar de hospitalização, ventilação mecânica e, em casos extremos, podem até correr risco de morte”, alerta a pediatra Luciana Monte, coordenadora da Pneumologia Pediátrica do Hospital da Criança de Brasília.

Por isso, especialmente nessas circunstâncias, é crucial manter o calendário vacinal em dia, incentivar hábitos alimentares saudáveis e adotar práticas de etiqueta respiratória, como cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar.

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