O “MasterChef Brasil” chega à sua 12ª edição e continua a ser um dos realities mais duradouros e admirados no Brasil. Em 2025, o programa se destaca cada vez mais nas conversas populares, dominando as redes sociais e gerando uma onda de memes. Mas qual é o segredo que garante a longevidade desse formato e a constante viralização do programa culinário? O portal LeoDias entrevistou a diretora da atração, Marisa Mestiço, em busca das respostas.
Para esta temporada, a Band e a Endemol fizeram escolhas certeiras ao selecionar os participantes. Uma rápida observação nas redes sociais como X, TikTok e Instagram revela que o engajamento e o número de postagens sobre o “MasterChef” aumentaram, impulsionados pelo carisma dos concorrentes da 12ª edição.
Os espectadores se conectaram com algumas personalidades marcantes da temporada. Daniela, por exemplo, provoca reações diversas, mas encanta com seu jeito singular e astúcia. Felipe M. também conquista parte do público com seu carisma, especialmente em sua dinâmica com Taynan, Sofia e Guilherme.
Marisa destaca que a entrega dos participantes neste ano tem sido crucial. Além do carisma, eles trazem uma competição acirrada. “Este ano, os concorrentes possuem a qualidade necessária para o programa, tanto em termos gastronômicos quanto na disposição de se expor. Acredito que uma das partes mais interessantes do entretenimento é dar voz a pessoas em um ambiente de pressão e competição. Não existe uma única razão para o sucesso do nosso casting”, afirmou a diretora ao LeoDias.
Essa sintonia é visível para o público, especialmente pela forma como as histórias do reality são contadas. Para Marisa, embora isso possa parecer encenado, reflete a autenticidade do processo de produção. “É claro que escolhemos participantes que se destacam, pois nossa cultura valoriza narrativas envolventes. Os concorrentes mais expressivos e carismáticos acabam se tornando protagonistas de uma trama, com rivalidades e estratégias que se assemelham a uma ficção, mas tudo é real”, explicou.
“O MasterChef é, essencialmente, um reality focado na cozinha, onde todas as histórias se desenrolam no estúdio”, completou.
Quando estreou em 2014, o “MasterChef” rapidamente se transformou em um fenômeno no Brasil. Na final de 2015, o programa atingiu mais de um milhão de menções no Twitter, acumulando feitos notáveis, o que explica sua permanência no ar até hoje.
Com o passar dos anos, a viralização e a sensação de novidade diminuíram, mas o programa conseguiu criar uma comunidade fiel de admiradores que não perdem um episódio. “Durante esses 11 anos de exibição na Band (com 12 temporadas), construímos uma comunidade forte que fez do programa uma febre nacional e um verdadeiro marco cultural. Trouxemos expressões do mundo profissional para o cotidiano dos espectadores, e, por ser um reality, apresentamos isso de uma forma envolvente. Ser ‘masterchef’ nos finais de semana se tornou uma aspiração”, disse Marisa.
Para a diretora, o segredo do sucesso foi manter a essência ao longo dos anos: “Embora estejamos na 12ª edição, sigo sentindo a emoção como no início. Apesar de ser um formato tradicional, ele é enriquecido por pessoas diferentes”, afirmou.
Se a produção vive intensamente essa experiência, não é surpresa que os telespectadores também se sintam conectados. “A intensidade é tão grande que é difícil não nos identificarmos com os participantes, torcendo por aqueles com quem nos conectamos, seja por suas histórias ou habilidades culinárias”, opinou Marisa.
Outro fator que tem contribuído para a nova onda de viralização do “MasterChef” é sua presença digital. Desde sempre ativo no YouTube e com grande audiência nas plataformas, o programa agora se apresenta em uma segunda tela. Você assiste ao reality na televisão e ainda acompanha conteúdos relacionados no celular, incorporando essa dinâmica em seu DNA.
“É um reality que pode ser consumido em qualquer formato, por isso não vejo uma divisão entre televisão e digital. Desde o primeiro episódio, ele foi concebido para ter um amplo alcance. É um produto que demanda cuidado na concepção e execução, com várias possibilidades de desdobramento, permitindo que interajamos sobre os eventos da cozinha ao longo da semana”, concluiu a diretora.




