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Mounjaro ou Ozempic: qual é a melhor opção para emagrecimento?

O Mounjaro, um medicamento desenvolvido para tratar diabetes, está prestes a chegar às farmácias brasileiras no dia 7 de julho e vem sendo amplamente utilizado de forma off label como uma alternativa para aqueles que buscam emagrecer. Este fármaco se destaca como um forte concorrente do Ozempic quando se trata de eficácia na redução de peso.

Com o aumento da demanda por medicamentos que ajudam no controle do peso, surgem discussões sobre a segurança no uso dessas substâncias e sua eficácia. Para entender melhor as distinções entre esses dois injetáveis populares, a coluna de Claudia Meireles entrevistou a médica Marina Ayumi, que é pós-graduanda em nutrologia e medicina esportiva.

A doutora Ayumi explica que a eficácia de cada medicamento depende do perfil do paciente. “O Ozempic pode ser uma opção adequada para quem está iniciando o tratamento para obesidade ou diabetes, especialmente em casos mais leves”, diz ela. “Por outro lado, o Mounjaro é frequentemente recomendado para aqueles que buscam uma perda de peso mais significativa ou que não obtiveram resultados satisfatórios com outras medicações.”

Em um estudo, foi observada a associação entre o uso de semaglutida e a perda de cabelo, e o Ozempic tem sido ligado a um risco reduzido de demência. Já o Mounjaro, fabricado pela Eli Lilly, contém tirzepatida em sua composição e foi descrito pelo Wall Street Journal como o “king kong” dos medicamentos para emagrecimento.

Embora ambos os medicamentos tenham sido inicialmente desenvolvidos para o controle do diabetes tipo 2, podem ser prescritos também para pessoas sem essa condição, desde que sob supervisão médica. A doutora Ayumi enfatiza que essas medicações são recomendadas para indivíduos diagnosticados com obesidade ou sobrepeso, especialmente quando associadas a outras condições como hipertensão, colesterol elevado, resistência à insulina ou apneia do sono. “Elas não devem ser utilizadas apenas com fins estéticos”, ressalta.

Uma preocupação recorrente acerca do uso destes fármacos é o efeito sanfona. A especialista alerta que existe, sim, a possibilidade de reganho de peso após a interrupção do uso tanto do Ozempic quanto do Mounjaro. No entanto, ela enfatiza que esse efeito rebote não está relacionado à composição dos medicamentos. “Esses fármacos ajudam a controlar o apetite e o metabolismo enquanto estão em uso. Se o paciente usa o medicamento sem acompanhamento médico e interrompe a dosagem assim que atinge o peso desejado, sem um processo de desmame, o apetite pode retornar ao normal. Portanto, sem mudanças no estilo de vida, como uma alimentação equilibrada e a prática de exercícios, é comum que o paciente recupere o peso perdido”, alerta.

A doutora também destaca a preocupação com a banalização do uso desses injetáveis, especialmente em relação à mercantilização da beleza. “Isso é alarmante, principalmente quando o Ozempic é disponibilizado nas farmácias sem a necessidade de receita médica. Todo medicamento possui efeitos colaterais, pode oferecer riscos à saúde e causar danos a longo prazo”, adverte.

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