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Os Desafios de “Branca de Neve”: Uma Análise do Fracasso da Produção

A nova versão de “Branca de Neve” fez sua estreia no Brasil no final de março, mas logo se revelou um fiasco nas bilheteiras, com o fracasso se estendendo até o momento atual. Diversos portais não hesitaram em criticar o filme, que conta com Rachel Zegler e Gal Gadot nos papéis principais, respectivamente como a protagonista e a vilã. A performance da jovem atriz não conquistou o público, e a relação tensa entre ela e a intérprete da bruxa, além do uso de computação gráfica em vez de atores com nanismo, foram apenas alguns dos muitos problemas apontados.

O IMDb, uma das principais plataformas de avaliação de filmes, atribuiu uma nota de 1,6 em 10 à produção da Disney, com cerca de 89,2% dos espectadores dando a nota mínima. O site Variety sugeriu que a baixa audiência se deve à enorme diferença temporal entre o lançamento de 2025 e o original de 1937, quase um século de distância que faz com que remakes mais recentes sejam mais bem recebidos pelo público.

O Fandom Wire também mencionou o “cancelamento” do filme, que recebeu críticas tanto da esquerda quanto da direita. Apesar de Gal e Rachel terem coapresentado o Oscar 2025, Gal foi vista sozinha em um parque da Disney promovendo a nova versão, enquanto Rachel, dias depois, celebrou sua colaboração com as 27 colegas de produção, sem mencionar Gal. Até o presente momento, nenhuma delas se manifestou sobre a relação que parece estar longe de ser harmoniosa, refletindo desentendimentos que vão além das fronteiras.

Outro ponto controverso da nova adaptação foi a decisão de recriar os sete anões com efeitos especiais, utilizando dubladores, sendo que apenas um deles era um ator com nanismo, o que gerou críticas sobre a falta de representatividade na indústria cinematográfica. Jonah Platt, filho do produtor Marc Platt, responsabilizou Rachel Zegler pela má recepção do filme. Com um investimento de US$ 300 milhões, a produção arrecadou menos de US$ 90 milhões em sua estreia global.

Em uma postagem no Instagram, que foi rapidamente excluída, Jonah atribuiu a culpa à protagonista, mencionando seu “narcisismo” e como suas opiniões pessoais prejudicaram a bilheteira do filme, especialmente ao criticar Gal: “Meu pai, que é produtor de uma das grandes franquias da Disney, teve que deixar a família para repreender uma funcionária de 20 anos por trazer suas questões pessoais para a campanha de um filme pelo qual foi contratada e recebeu um contrato multimilionário”.

“Branca de Neve” está repleta de polêmicas, tanto antes quanto depois de sua estreia. A escolha de Rachel Zegler para o papel principal gerou controvérsia, uma vez que sua ascendência latina foi usada como argumento para promover a diversidade, mas essa decisão dividiu opiniões. Rachel afirmou que algumas cenas da animação original estão ultrapassadas e não se encaixariam nos dias atuais, como o beijo não consensual do príncipe na mocinha desacordada, ambas as situações foram alteradas na versão live-action.

Em síntese, é possível que a atuação de Gal, uma atriz muito querida pelo público por seus papéis em produções como “Mulher Maravilha”, “Agente Stone” e “Alerta Vermelho”, tenha sido o fator que motivou alguns espectadores a saírem de casa e irem às salas de cinema, mesmo que vazias, para conferir essa nova aventura musical.

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