O universo de John Wick se expande com “Bailarina”, um derivado que coloca Ana de Armas, 37 anos, no centro de uma narrativa de vingança que é tão intensa quanto artisticamente elaborada.
Conduzindo a violência
A trama gira em torno de Eve Macarro, uma assassina treinada pela enigmática organização Ruska Roma, que busca se vingar do massacre que destruiu sua família. Situado entre os acontecimentos de “John Wick 3” e “John Wick 4”, o filme, sob a direção de Len Wiseman (“Underworld”), promete enriquecer a mitologia da saga com uma protagonista multifacetada, sequências de ação inéditas e participações especiais.
Em entrevista ao Splash, a atriz cubana compartilhou os desafios físicos e emocionais que enfrentou ao interpretar Eve, mesmo já tendo se preparado para outros filmes de ação. “Em ‘007 – Sem Tempo para Morrer’, eu tinha algumas cenas de ação específicas. Aqui, sou eu quem lidera a violência do começo ao fim. Treinei durante meses para dominar técnicas de combate com facas, armas de fogo e até movimentos de balé — tudo isso integrado em coreografias”, contou Armas, ressaltando a intensidade do papel.
“Foi extremamente desafiador. Eu não diria que subestimei, mas houve momentos em que pensei: ‘Meu Deus, em que me meti?’. Porém, foi uma experiência maravilhosa. Eu realmente amei todo o processo, aprender tudo e desenvolver minha força e confiança”, disse Ana de Armas em entrevista ao Splash.
Quando questionada sobre a possibilidade de lutar na vida real, Armas foi franca: “Não, na vida real é completamente diferente, sabe? Talvez, mas só talvez, eu conseguisse realizar alguns movimentos… Mas é melhor não arriscar!”.
Em relação ao reencontro com Keanu Reeves, que faz uma aparição marcante como John Wick, a atriz se emocionou: “Keanu foi uma das primeiras pessoas a me acolher em Hollywood, quando eu mal falava inglês. Reencontrá-lo nesse universo, agora com minha própria narrativa, foi como fechar um círculo mágico”. Os dois já haviam trabalhado juntos em “Bata Antes de Entrar”, em 2015.
No filme, Ian McShane retorna como o enigmático Winston, proprietário do Continental Hotel. Em conversa com o Splash, ele refletiu sobre a evolução da franquia: “‘John Wick’ começou como um projeto independente que ninguém esperava que tivesse tanto sucesso. A genialidade foi estabelecer regras claras: a High Table, as moedas de ouro, a linguagem visual distinta. ‘Bailarina’ respeita isso, mas traz uma nova energia”, afirmou.
Sobre seu papel, ele brincou: “Winston continua no controle, mas ainda cortam minhas cenas de luta! É um mistério tão grande quanto o que ele realmente planeja”.
O ator também enfatizou a relevância da protagonista feminina: “O público já se apaixonou pela Eve — ela fez uma breve aparição em ‘John Wick 3’, e agora temos a oportunidade de compreender seu passado traumático. É uma personagem que equilibra vulnerabilidade e ferocidade, algo raro no gênero”.
“Bailarina” não é apenas um espetáculo de ação, segundo os atores. O roteiro de Shay Hatten (“Army of the Dead: Invasão em Las Vegas”) questiona o ciclo da violência através da jornada de Eve. “Ela percebe que a vingança não preenche os vazios. O filme discute a escolha de seu próprio destino em um mundo que tenta impor um a você”, explicou Armas.




