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Viviane Noronha revela detalhes sobre a prisão de MC Poze: ‘Foi uma abordagem muito agressiva’

Viviane Noronha, companheira de MC Poze do Rodo, compartilhou informações sobre a detenção de seu marido, ocorrida no dia 28 de maio, em sua residência no Rio de Janeiro.

O que aconteceu
A influenciadora descreveu a ação da Polícia Civil como “totalmente desrespeitosa”. Segundo ela, a operação se deu por volta das 5h da manhã. “Minha filha estava deitada na cama, e eu nem pude segurá-la. Eles não permitiram. Eu estava apavorada com a forma como entraram em nossa casa, invadindo nosso quarto enquanto dormíamos. Somos uma família comum, que trabalha, viaja e se diverte”, comentou.

Ela relatou que MC Poze estava jogando videogame no momento em que os policiais chegaram. “Eles já entraram direto, subindo até o terceiro andar. O Marlon estava jogando e, quando decidiu descer, já havia polícia dentro de casa. A abordagem foi extremamente agressiva”, acrescentou.

MC Poze do Rodo solicita habeas corpus
A defesa de MC Poze do Rodo protocolou um pedido de habeas corpus na Justiça do Rio de Janeiro, solicitando a libertação do artista. Ele foi preso temporariamente no dia 29 de maio e está sob investigação por suposta apologia ao crime e possíveis ligações com o Comando Vermelho.

Os advogados argumentam que a prisão é ilegal e desproporcional, violando a liberdade de expressão. O pedido ressalta que as obras artísticas do cantor, que refletem a realidade de comunidades historicamente marginalizadas, devem ser protegidas e não configuram incitação a crimes.

A ação da Polícia Civil do Rio de Janeiro é considerada seletiva e evidencia uma perseguição à arte periférica. Se o acusado fosse um artista da classe média, certamente a prisão não ocorreria. Ele não ultrapassou os limites da liberdade de expressão, pois suas músicas retratam a realidade dos morros cariocas.

A equipe jurídica também destacou que o cantor foi algemado mesmo sem ter oferecido resistência ou representado risco de fuga ou ameaça à equipe policial. O uso de algemas nesse contexto foi visto como uma ação “vexatória e midiática”, em desacordo com a Súmula Vinculante nº 11 do STF.

Até o momento, o pedido ainda não foi analisado pela Justiça do Rio de Janeiro, conforme confirmado pela assessoria de imprensa do Tribunal ao Splash.

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