Em uma conversa com o Extra, Renata Sorrah, aos 78 anos, compartilhou sua experiência ao deixar de fumar. “Já se passaram 15 anos desde que deixei o cigarro, e frequentemente me questiono: ‘Por que não fiz isso antes?’. Comecei a fumar aos 29 anos, durante a produção da peça ‘Há Vagas para Moças de Fino Trato’, e acabei me tornando dependente da nicotina. Foi um processo difícil, mas não substituí esse vício por outro, não ganhei peso e me sinto ótima! Isso realmente trouxe um avanço na minha vida.”
A atriz, famosa por interpretar a vilã Nazaré em “Senhora do Destino”, revelou que não costuma beber muito. “De vez em quando, desfruto de uma taça de vinho, mas isso acontece raramente. Posso passar meses sem beber nada.”
Renata também comentou sobre a popularidade de sua personagem nas redes sociais. “Os memes, como o ‘confused math lady’, viralizaram pelo mundo e são uma delícia! Em Nova York, apareceram na TV, e meu sobrinho, ao comentar com a dentista, disse: ‘É minha tia!’. Ela quase teve um desmaio. As filhas de um amigo que estavam no Brasil me reconheceram durante um café da manhã, e o pai delas disse: ‘É ela’. Elas imediatamente telefonaram para suas amigas em Londres, e eu acabei tirando fotos com elas.”
Para Sorrah, esses memes trazem alegria ao público, e ela nunca recebeu uma crítica negativa. “Gosto de cuidar de mim e manter uma rotina de exercícios. Adoro caminhar, nadar e fazer ginástica. Na juventude, era apaixonada por andar a cavalo, mas isso já não faço mais. Caminho muito pelo Jardim Botânico, o que me faz muito bem. Cuido da minha aparência, gosto de estar apresentável, com o cabelo bonito, e visito a dermatologista para manter a pele saudável. Porém, não sou obsessiva em relação a isso.”
Sobre o remake de “Vale Tudo”, onde interpretou Heleninha, Renata expressou sua opinião: “Não consigo acompanhar tudo pela TV, pois meu dia é repleto de compromissos. Mas quando assisto ao Globoplay, gosto do que vejo. O diretor Paulinho Silvestrini é excelente, e os atores escolhidos são muito talentosos. A Manu [Manuela Dias, autora] fez um trabalho incrível em cima do texto primoroso de Gilberto Braga.”
Ela também comentou sobre as mudanças positivas dessa nova versão, que, 37 anos depois, trouxe duas protagonistas negras e um casal gay que permanece unido e vivo—uma evolução significativa em relação ao passado, quando o público não aceitou e o autor foi forçado a matar uma das personagens.
Renata Sorrah também refletiu sobre seus planos para o futuro. “Prefiro me concentrar no presente, em realizar bem meu trabalho e manter boas relações com amigos e família. Estou orgulhosa da minha trajetória e das escolhas que fiz na televisão e no teatro, que considero muito boas. Posso parecer pretensiosa, mas sempre busco iluminar o caminho, transmitir mensagens e tocar o coração das pessoas. Contudo, nunca me vejo como uma celebridade, e não tenho a intenção de causar alvoroço.”
“Continuo aprendendo. Aprendi a ser adolescente, mãe e a me relacionar, e agora estou aprendendo a envelhecer. Às vezes, isso provoca medo, pois começo a confrontar a finitude; em outras ocasiões, sinto uma liberdade imensa, que me enche de alegria, como quando eu tinha 20 anos.”




