Em um emocionante domingo, 22 de julho de 2018, a Arena Fonte Nova pulsava com a expectativa de mais um clássico Ba-Vi, que valia pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Bahia, em busca de um triunfo essencial para escapar da zona de rebaixamento e aliviar a pressão sobre o técnico Enderson Moreira, enfrentava um Vitória que lutava para se firmar como visitante, mas acabou sendo superado por um rival em um dia inspirado. Com gols de Zé Rafael, Vinícius, Tiago e Gilberto, o Tricolor de Aço venceu o Leão por 4 a 1 — com direito a danças provocativas e gritos de “olé” que ressoaram nas arquibancadas. Vamos relembrar esse confronto marcante entre Bahia e Vitória no Brasileirão de 2018.
Desde o primeiro apito, o Bahia tomou conta do jogo. Com uma marcação adiantada, jogadas intensas pelas laterais e transições rápidas, o time tricolor conseguiu neutralizar o meio-campo do adversário e explorar as falhas defensivas do Vitória. Aos 14 minutos, Zé Rafael abriu o placar com um belo gol, resultante de uma jogada pelo lado esquerdo. Logo em seguida, Vinícius ampliou com um pênalti. Embora Elias tenha defendido a cobrança, o camisa 29 aproveitou o rebote e não perdeu a chance, celebrando com uma dança de “créu”, uma referência a polêmicas anteriores. Esse momento incendiou a torcida e rapidamente se espalhou pelas redes sociais.
Antes do início da partida, a atmosfera em Salvador era de apreensão. O Bahia vinha de quatro derrotas nos últimos seis jogos e se encontrava na incômoda zona de rebaixamento. Contudo, em apenas 45 minutos, a pressão se transformou em euforia. O Vitória até começou assustando, com Walter Bou tendo uma oportunidade clara logo no primeiro minuto, mas parou na defesa de Anderson. Depois disso, o Bahia dominou completamente, criando diversas oportunidades e quase ampliando o placar ainda mais antes do intervalo.
No segundo tempo, o cenário se manteve. O Vitória tentou reagir, com um chute de Fillipe Soutto defendido por Anderson, mas logo veio o castigo. Aos 20 minutos, em uma cobrança de falta, a defesa rubro-negra afastou mal, e Tiago, com um bico, fez o terceiro gol. Um minuto depois, Gilberto, artilheiro do tricolor, completou um cruzamento de Zé Rafael e transformou a vitória em uma goleada: 4 a 0. A Fonte Nova explodiu em alegria, com gritos de “olé” e um clima de festa entre os torcedores.
O Vitória conseguiu marcar aos 27 minutos, com um gol de cabeça de Lucas, que aproveitou um cruzamento pela esquerda. No entanto, a reação parou por aí. Nos minutos finais, Bryan foi expulso, e o Bahia controlou o restante da partida com passes curtos, mantendo a posse de bola e conquistando aplausos da torcida. Mais de 24 mil pessoas presenciaram o espetáculo tricolor no principal clássico do estado.
Dentre os destaques do confronto, Vinícius brilhou. Conhecido por suas provocações, o meia foi novamente protagonista, marcando seu terceiro gol na temporada contra o rival. Em fevereiro, no Barradão, ele já havia balançado as redes e causado polêmica ao dançar diante da torcida adversária, gerando tumulto entre os jogadores. Na final do Campeonato Baiano, também deixou sua marca. E naquele domingo de julho, voltou a dançar, mas desta vez o gesto permaneceu no campo da provocação esportiva.
Competição: Campeonato Brasileiro – Série A (14ª rodada)
Data: 22 de julho de 2018 (domingo)
Horário: 16h (de Brasília)
Local: Arena Fonte Nova, Salvador (BA)
Público: 24.312 pagantes
Renda: R$ 453.426,00
Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhães (RJ)
Assistentes: Rodrigo Figueiredo Henrique Fonseca e Carlos Henrique Alves de Lima Filho
Bahia: Zé Rafael (14’ 1T), Vinícius (25’ 1T), Tiago (20’ 2T), Gilberto (21’ 2T)
Vitória: Lucas (27’ 2T)
Cartões amarelos: Zé Rafael, Lucas Fonseca, Tiago (BAH); Jeferson, Walter Bou, Arouca, Luan (VIT)
Cartão vermelho: Bryan (VIT)
Bahia: Anderson; Bruno, Tiago, Lucas Fonseca e Léo; Grégore (Edson), Elton, Zé Rafael e Vinícius (Régis); Edigar Junio (Marco Antônio) e Gilberto. Técnico: Enderson Moreira
Vitória: Elias; Jeferson (Lucas), Kanu, Aderllan e Bryan; Arouca, Fillipe Soutto e Luan; Erick, Neílton (Willian Farias) e Walter Bou (Yago). Técnico: Vágner Mancini




