Desde sua chegada ao Cruzeiro, o técnico Leonardo Jardim tem enfatizado em várias entrevistas que não se limita a apenas 11 titulares, mas a verdade é que ele já definiu a ‘formação base’ da Raposa, obtendo resultados impressionantes. Jardim foi anunciado como treinador no dia 4 de fevereiro e chegou a Belo Horizonte quatro dias depois. Apesar do tempo reduzido para trabalhar, decidiu liderar a equipe a partir do jogo contra o Democrata, de Governador Valadares, na última fase de grupos do Campeonato Mineiro.
Naquela ocasião, como o time já estava classificado antecipadamente, o treinador escalou uma formação ‘alternativa’. Nas semifinais, no entanto, o Cruzeiro foi eliminado nos pênaltis após dois empates contra o América. Durante a ‘intertemporada forçada’, Jardim aproveitou para avaliar melhor o elenco e pediu à diretoria a contratação de um atacante, o que resultou na chegada de Wanderson.
Gradualmente, o técnico começou a explorar opções dentro do elenco, oferecendo mais chances a jogadores que não estavam sendo utilizados com frequência, como o zagueiro Villalba. Por outro lado, algumas saídas também ocorreram, incluindo a transferência do lateral-esquerdo Marlon para o Grêmio.
Jardim decidiu afastar do time dois jogadores que chegaram ao clube com grandes expectativas: os atacantes Dudu e Gabigol. Dudu foi até afastado após declarar em uma entrevista que não entendia os motivos de sua perda de titularidade e, posteriormente, teve seu contrato rescindido.
Independente das controvérsias fora de campo, Jardim continuou em busca da formação ideal para a equipe. Enquanto preservava alguns jogadores nas partidas da Copa Sul-Americana, a situação no Campeonato Brasileiro foi diferente.
A partir do confronto contra o São Paulo, no Morumbi, em 13 de abril, o treinador encontrou a disposição ideal, optando por um esquema com um meio de campo mais robusto, ao invés de três atacantes. O time entrou em campo com Cássio; Fagner, Villalba, Fabrício Bruno e Kaiki; Lucas Romero, Lucas Silva, Christian e Matheus Pereira; Wanderson e Kaio Jorge. Curiosamente, por uma série de motivos (jogadores poupados, suspensões ou questões pessoais), o treinador conseguiu repetir a mesma formação completa em apenas mais dois jogos do Brasileiro: nas vitórias sobre Bahia (3×0) e Flamengo (2×1). Contudo, a ‘base’ foi mantida em todos os outros jogos. Cássio, Kaiki e Wanderson participaram das oito partidas do time no campeonato. Outros cinco atletas (Fabrício Bruno, Lucas Romero, Lucas Silva, Matheus Pereira e Kaio Jorge) estiveram em sete confrontos. Villalba e Christian jogaram em seis, enquanto Fagner foi o que menos atuou, com cinco participações.
Em suas coletivas, Jardim frequentemente menciona sua experiência como treinador do Monaco, onde adotava uma abordagem semelhante, escalando a ‘força máxima’ apenas nos jogos da Liga dos Campeões da Europa.
Cássio – 8 jogos
Fagner – 5 jogos (preservado em um)
Villalba – 6 jogos
Fabrício Bruno – 7 jogos (suspenso em um)
Kaiki – 8 jogos
Lucas Silva – 7 jogos
Lucas Romero – 7 jogos (suspenso em um)
Christian – 6 jogos
Matheus Pereira – 7 jogos (liberado para não viajar a Porto Alegre)
Wanderson – 8 jogos
Kaio Jorge – 7 jogos (somente no banco contra o Inter)
13/04 (3ª rodada) – São Paulo 1×1 Cruzeiro
17/04 (4ª rodada) – Cruzeiro 3×0 Bahia
04/05 (7ª rodada) – Cruzeiro 2×1 Flamengo
Em um ótimo momento no Cruzeiro, Kaio Jorge se aproxima de seu ano mais goleador na carreira.
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