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Curadora brasileira é dispensada após mencionar genocídio em Gaza

A curadora brasileira Karolina Ziulkoski foi demitida após compartilhar suas preocupações sobre os crimes em Gaza. Durante um evento em Nova York, ela foi retirada sob escolta depois de mencionar o “genocídio” do povo palestino em um discurso relacionado ao trabalho de um artista judeu. Karolina atuava no YIVO Institute for Jewish Research e estava apresentando uma exposição em um dos centros culturais de Manhattan no momento do incidente.

Com um perfil discreto no Instagram, que conta com menos de mil seguidores, ela utiliza a plataforma para divulgar seus projetos e compartilhar momentos de sua vida pessoal. Em seu site profissional, Karolina detalha exposições interativas que desenvolveu para o Museu de História Natural de Nova Iorque e se descreve como uma artista de novas mídias e designer.

Ela foi laureada com diversos prêmios, como o Inovapps, promovido pelo Ministério das Comunicações, e o Communication Arts Interactive Award. Além disso, Karolina foi incluída na lista de finalistas do Fashion & Beauty Clio Awards e recebeu menção honrosa no Webby Awards e no MUSE Awards.

O incidente ocorreu enquanto ela apresentava um painel sobre uma exposição dedicada a Itskhok Rudashevski, um judeu que registrou em diário suas experiências durante a era nazista. Rudashevski criticava a postura de alemães, lituanos e até mesmo de outros judeus que colaboravam com o regime de Adolf Hitler, expressando um profundo sentimento de traição em sua obra. Ao final de sua apresentação, Karolina fez uma conexão com a situação atual na Palestina, afirmando: “Estou falando por mim mesma aqui. A coragem moral de Rudashevski realmente me inspirou. Acredito que a melhor maneira de honrar sua memória e a de todos os que morreram no Holocausto é falar contra o genocídio. E há um genocídio acontecendo agora na Palestina”.

Ela também destacou que, assim como Rudashevski tinha direito à vida, todos os palestinos também têm o mesmo direito. “A paz não pode ser alcançada por meio da violência e da negação dos direitos humanos básicos a um grupo de pessoas. Ficar em silêncio é ser cúmplice. Obrigada”, finalizou.

Após sua declaração, Karolina observou que o rabino da instituição discordava de suas opiniões, mas recebeu agradecimentos de outros presentes. Logo após seu discurso, um segurança se aproximou para informá-la que a acompanharia para fora do local. Ela relatou que não houve mais diálogos sobre o ocorrido e que recebeu a demissão por e-mail, que ressaltava que ela estava sendo removida do sistema da instituição.

No comunicado, foi afirmado que suas declarações comprometeram a credibilidade da organização, embora ela tenha deixado claro que falava em nome próprio e não havia solicitado permissão para abordar o tema. Apesar do episódio, seu trabalho ainda está listado no site oficial do YIVO.

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