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Governo Lula critica Israel por expansão de assentamentos em território palestino

Neste domingo (1º de junho), o governo brasileiro emitiu uma declaração condenando, “nos termos mais veementes”, a decisão do governo de Israel, anunciada em 29 de maio, sobre a autorização de 22 novos assentamentos na Cisjordânia, que é parte do Estado da Palestina. O governo de Lula (PT) afirmou que essa ação representa uma clara violação do direito internacional e vai de encontro ao parecer consultivo da Corte Internacional de Justiça (CIJ) datado de 19 de julho de 2024.

Esse parecer da CIJ classificou a ocupação israelense da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, como ilegal, assim como o regime de assentamentos associado, a anexação e a exploração de recursos naturais. O documento ressalta, ainda, que Israel deve encerrar sua presença no Território Palestino Ocupado “o mais breve possível”.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrou com Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina, durante uma reunião bilateral com o presidente da Guatemala, Bernardo Arévalo, em Nova York, em setembro de 2024.

O embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, também se manifestou sobre a situação. Israel continua suas operações na Cisjordânia, destruindo residências, tendas e fontes de água, com intensificação dos ataques desde o início do conflito, que teve início em 7 de outubro de 2023, após um ataque do grupo Hamas a Israel.

O Itamaraty expressou o repúdio do Brasil às frequentes medidas unilaterais do governo israelense, afirmando que a administração de Benjamin Netanyahu compromete a possibilidade de uma solução de dois Estados. A nota conclui reiterando o compromisso do governo com a criação de um Estado da Palestina independente e viável, que possa coexistir em paz e segurança ao lado de Israel, dentro das fronteiras de 1967, incluindo a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, com Jerusalém Oriental como sua capital.

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