Larissa Ferrari, que faz acusações de violência e ameaças contra o meio-campista do Vasco da Gama, Dimitri Payet, foi submetida a três avaliações periciais: duas focadas em aspectos físicos e uma avaliação psicológica. Os laudos emitidos indicam a presença de hematomas resultantes de “impactos contundentes”, embora não consigam identificar a origem exata das lesões. O incidente foi registrado na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Jacarepaguá, e a investigação está em andamento, mantendo-se sob sigilo.
As duas avaliações físicas examinaram marcas em várias áreas do corpo de Larissa, incluindo uma no antebraço esquerdo, uma na perna direita, outra na região glútea e uma adicional na coxa esquerda. O relatório psicológico revelou que a advogada sofre de Transtorno de Personalidade Borderline e, com base em seus relatos, concluiu que ela foi alvo de violência física, psicológica e sexual.
Em 30 de março, Larissa compareceu à delegacia em União da Vitória, Paraná, onde relatou ter recebido ameaças sutis de Payet. O boletim de ocorrência menciona que o jogador enviou mensagens como: “Vou mandar alguém para te deixar segura” e “Vou mandar alguém aí para cuidar de você”. Em sua denúncia, Larissa afirmou que seu relacionamento com o atleta era tumultuado, caracterizado por um comportamento agressivo e controlador por parte dele.
A advogada descreveu que a vida sexual com Payet sempre foi marcada por fetiches, afirmando: “Eu era submissa, mas não era tão agressivo. E quando ele era submisso, porque ele também gostava de algumas práticas, eu não era agressiva. No entanto, ele começou a ser mais agressivo”. Segundo Larissa, a mudança de atitude do atleta começou em agosto do ano anterior, quando ele começou a se referir à submissão como “punição”, aplicando-a apenas quando considerava que ela havia cometido um erro.
Larissa recorda de uma discussão provocada por ciúmes de Payet, durante a qual ela se trancou no banheiro e, ao se sentar no chão, foi forçada pelo jogador a se levantar e foi estuprada. “Ele usava muita força durante os atos, machucando tanto minha parte íntima quanto a boca. Eu sempre me mantive em silêncio, pois sabia que, se falasse, o perderia”, relatou.
Além disso, Larissa acusa o jogador de sujeitá-la a humilhações e situações degradantes como forma de “punição” sempre que se sentia ciumento. “Ele me fazia beber minha própria urina, me sujar, lamber o chão, lamber o vaso. É difícil falar sobre isso e rever esses momentos. Cheguei a beber água do vaso, e não consigo acreditar que cheguei a fazer isso. Quando falo sobre, evito olhar para a câmera, pois é algo que me causa repulsa.”