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Compreenda a situação do Atlético em dia de votação sobre a diluição na SAF

Nesta terça-feira (16/9), o Atlético poderá vivenciar um momento decisivo para seu futuro e o da SAF. O Conselho Deliberativo do clube se reunirá para deliberar sobre a possível alteração da cláusula anti-diluição, que atualmente assegura à Associação a manutenção de pelo menos 25% das ações na SAF. O TEMPO Sports detalha como essa mudança pode impactar o clube.

A reunião do Conselho está marcada para ocorrer na Arena MRV, com a primeira chamada às 18h15, exigindo a presença de dois terços dos conselheiros, e a segunda chamada às 19h15, que pode acontecer com qualquer número de participantes. Serão três pontos em pauta:

1. Aprovar a adesão do Clube como sócio fundador do Museu do Galo;
2. Modificar a cláusula anti-diluição na SAF, permitindo que a participação do Clube caia para acima de 10%, desde que haja um aporte mínimo de R$ 200 milhões e a garantia de dois representantes no Conselho de Administração;
3. Autorizar a Diretoria a adotar todas as medidas necessárias para implementar a deliberação do segundo item.

Inicialmente, a reunião estava agendada para 4 de agosto, mas foi adiada para incluir a votação sobre o Museu do Galo. No entanto, a questão central permanece a alteração da cláusula anti-diluição, que pode influenciar significativamente a trajetória da SAF do Atlético.

Quando a SAF foi estabelecida em 2023, um dos pontos de destaque era a garantia de que a Associação manteria 25% das ações, independentemente de novos investimentos. Essa proteção foi incorporada em um contrato da empresa-clube. Atualmente, qualquer novo aporte afeta apenas as ações dos investidores, preservando a participação da Associação. Contudo, os representantes do clube-empresa agora acreditam que manter 25%, 15% ou 10% das ações não faz diferença significativa para a Associação.

Dessa forma, a SAF sente que é necessário permitir a diluição da participação da Associação para viabilizar novos investimentos e tornar o clube financeiramente saudável. O Conselho Deliberativo, que representa a Associação, decidirá se aprova essa diluição.

Com a alteração proposta na cláusula, a Associação precisaria consentir novos investimentos apenas se sua participação caísse abaixo de 10%. Na prática, isso facilitaria a entrada de novos investidores na SAF sem a necessidade de aprovação do Clube. Além disso, a emissão de ações preferenciais, que conferem prioridade em dividendos, mas não em votos, será permitida, desde que o aporte atinja, pelo menos, R$ 200 milhões. A Associação ainda terá o direito de veto em questões previstas pela Lei da SAF, como mudanças de sede, escudos, cores e fusões, entre outras, e poderá indicar no mínimo dois membros para o Conselho de Administração da SAF.

O Conselho Deliberativo também irá votar para autorizar a diretoria do Atlético a realizar todas as ações jurídicas e administrativas necessárias para efetivar essa alteração, incluindo negociações e a assinatura de ajustes no Acordo de Acionistas, no Estatuto Social da SAF e em outros documentos pertinentes.

Embora o Galo ainda não tenha um novo investidor definido, já recebeu algumas sondagens nesse sentido. A aprovação da proposta pelo Conselho é considerada fundamental para que a SAF avance nas discussões com potenciais investidores.

O Atlético está analisando diversas opções, tanto de investidores externos quanto internos. Entre os externos, um nome mencionado é o do empresário boliviano Marcelo Claure, ex-executivo do Softbank e atual responsável pela varejista Shein na América Latina. No setor esportivo, ele é investidor do Bolívar-BOL, já colaborou financeiramente com o Inter de Miami-EUA e é sócio do grupo City no Girona-ITA. Claure estará em Belo Horizonte na próxima semana para assistir ao jogo entre o Bolívar e o Galo na Sul-Americana.

No que diz respeito aos investidores internos, a família Menin, representada por Rafael e Rubens, que já detêm a maior parte das ações da SAF, poderia injetar mais recursos em troca de um aumento em sua participação acionária e, consequentemente, maior poder de decisão, conforme relatado pelo TEMPO Sports em agosto.

Em coletiva à imprensa em julho, Rafael Menin afirmou que o Atlético precisaria de um aporte entre R$ 600 milhões e R$ 700 milhões para equilibrar suas contas e aliviar sua situação financeira. A dívida oficial do Galo é estimada em R$ 1,3 bilhão.

Portanto, apesar de o aporte mínimo na nova cláusula ser de R$ 200 milhões, o Atlético busca captar um valor significativamente maior. Um investimento nesse patamar é visto como insuficiente, pois, embora traga um alívio imediato, não proporcionaria uma solução sustentável para o futuro.

Distribuição acionária atual:
– Rubens e Rafael Menin: 41,8%
– Associação: 25%
– Galo Forte FIP (Daniel Vorcaro): 20,2%
– Ricardo Guimarães: 6,3%
– FIGA (ainda a pagar): 6,7%

Agora, a atenção se volta para quem entra em campo:
– Atlético x Bolívar: Galo apresenta bom histórico contra clubes bolivianos.
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