Recentemente, a detenção e a liberação de MC Poze do Rodo tomaram conta das manchetes. O artista, que foi acusado de incitar o crime e de estar ligado ao tráfico de drogas, foi preso no dia 29 de maio e libertado cinco dias depois. Sua saída do Complexo Penitenciário de Gericinó, no Rio de Janeiro, foi marcada por celebrações e tumultos.
Embora essa situação seja um tanto incomum, o funkeiro não é o único artista a ter passado por experiências semelhantes. Nos últimos anos, várias figuras renomadas foram detidas por diferentes motivos, e é provável que muitos não se lembrem ou sequer conheçam a história de alguns deles. A seguir, o portal LeoDias revisita alguns dos casos mais notáveis.
Considerado o “Novo Rei do Pop” e adorado pelo público brasileiro, Bruno Mars já teve um passado menos glamouroso. Em 2020, no auge do sucesso da música “Just The Way You Are”, ele enfrentou um revés: foi preso em Las Vegas por posse de cocaína. O cantor, carinhosamente chamado de “Bruninho” pelos fãs brasileiros, aceitou a culpa e recebeu uma multa de US$ 2 mil (aproximadamente R$ 10 mil atualmente) além de realizar serviços comunitários.
Outro nome de destaque que também passou pela experiência da prisão foi Will Smith. O ator e cantor foi detido em 1989 sob a acusação de agressão agravada e conspiração criminosa. De acordo com a polícia, ele teria estado envolvido em um ataque ao promotor musical William Hendricks, que sofreu lesões graves e quase perdeu a visão. Embora tenha passado a noite na cadeia, Smith se declarou inocente e as acusações foram posteriormente arquivadas.
Rita Lee, a icônica Rainha do Rock, foi presa em 1976 por suposto porte de drogas em sua residência, localizada na Vila Mariana, em São Paulo. A artista alegou que a maconha encontrada em sua casa havia sido plantada pela polícia, já que havia decidido parar de fumar devido à gravidez. Na época, Rita estava grávida de três meses de seu primeiro filho, Beto Lee. Ela passou mais de um mês no presídio feminino do Hipódromo e, em seu livro “Rita Lee, uma autobiografia”, relatou o risco de aborto espontâneo que enfrentou durante esse período, sendo posteriormente condenada a um ano de prisão domiciliar.
Gilberto Gil, por sua vez, foi preso duas vezes durante a ditadura militar brasileira, em dezembro de 1968, após a promulgação do Ato Institucional nº 5 (AI-5). Ele foi acusado de incitação à rebeldia e desrespeito à bandeira nacional, entre outros artistas da época, como Caetano Veloso. Sua segunda detenção, ainda naquele ano, ocorreu por porte de maconha. No ano seguinte, Gil se exilou em Londres, retornando ao Brasil apenas em 1972. Seu disco “Gilberto Gil” captura esse momento de sua vida, com músicas que refletem suas influências musicais adquiridas.
Mano Brown, rapper brasileiro, foi preso em 2004 por desacato à autoridade ao tentar agredir policiais. Na ocasião, ele ignorou uma ordem de parada e acelerou o carro, gerando suspeitas devido à visibilidade reduzida dos vidros. Durante a abordagem, os policiais encontraram um cigarro de maconha em sua roupa. Ele pagou uma fiança de R$ 60 e foi liberado. Em 2014, o artista foi novamente detido, desta vez por desobediência, desacato e resistência, após ser abordado na Avenida Carlos Caldeira Filho. Seu advogado na época alegou que Brown foi “levemente agredido” durante a abordagem policial.
Por fim, o cantor canadense Justin Bieber foi preso em 2014 ao ser flagrado dirigindo sob influência de álcool e drogas, além de resistir à prisão e conduzir com a carteira vencida. O incidente ocorreu em Miami, quando Bieber tinha apenas 19 anos. Ele pagou uma fiança de US$ 2.500 (cerca de R$ 12,5 mil na cotação atual) e foi levado a um presídio, mas liberado logo em seguida. Sua foto de registro, conhecida como mugshot, foi divulgada pela polícia, mostrando-o sorridente, um contraste marcante com a expressão séria que adotou durante a audiência.




