O apresentador André Marques, de 45 anos, utilizou suas redes sociais para compartilhar um vídeo emocionante, revelando que as cinzas de sua cachorrinha foram convertidas em um diamante. Nas filmagens, ele exibe dois brincos e um pingente feitos a partir dos restos de Gorda. Essa prática não é inédita; inclusive, as cinzas de Jô Soares também foram transformadas em diamante.
“Quando perdi a Gorda, já havia ouvido falar sobre a possibilidade de criar um diamante a partir do cabelo ou das cinzas de um ente querido, que, no meu caso, é meu animal de estimação. (…) A forma como eternizamos o amor é imensa. É uma maneira de se conectar de outra forma, com uma energia que permanece”, disse André em um vídeo no Instagram.
Como ocorre essa transformação? A joia é confeccionada a partir de um material orgânico, que pode ser cabelo, unhas, pelos de animais, cinzas ou até cordão umbilical. A partir desse material, a empresa extrai o carbono, essencial para a formação do diamante.
O primeiro passo envolve a purificação do material. Márcio, da Stargen, a empresa responsável pelo trabalho com as cinzas da cachorrinha de André, explica que o material chega ao laboratório cheio de impurezas, como minerais e fosfatos. Para se tornar um diamante puro, é crucial remover esses elementos indesejados. “Qualquer outra molécula se torna uma impureza no diamante. Por isso, a parte mais importante do processo é garantir que restem apenas carbono e torná-lo o mais puro possível para alcançar um diamante de qualidade”, esclarece ele.
A empresa utiliza nanotecnologia para realizar essa transformação. Enquanto o processo natural que transforma materiais orgânicos em diamantes leva milhões de anos, a tecnologia acelera esse procedimento para um intervalo de seis a oito meses. “É como se eu pegasse átomo a átomo do carbono e os encaixasse na forma desejada para a construção do diamante. Se não for encaixado corretamente, pode resultar em outras formas de carbono, como o grafite. É uma tecnologia extremamente avançada”, comenta Stargen.
Após a transformação, o carbono se torna uma pedra bruta, e a partir daí, a empresa realiza a lapidação para dar formato e brilho à peça. “Enviamos para a IGI, a maior certificadora de diamantes do mundo, que avalia a qualidade do diamante e emite um documento detalhando suas características”, acrescenta Stargen.
Os preços das joias variam, mas uma peça de um quilate pode custar em torno de R$ 17,5 mil. Stargen menciona que as joias podem ter entre meio a dez quilates, mas a empresa foca em criações menores que possuem um valor sentimental significativo. A maioria dos pedidos é de um quilate, afirma.
“Reconhecemos que isso é uma experiência emocional e visualmente impactante. Não produzimos pedras menores para que não se perca a conexão ou para que a pessoa esqueça o que aquilo representa. O objetivo é que o cliente mantenha uma ligação emocional forte com a pedra”, conclui Márcio da Stargen.




