Davi Teixeira, mais conhecido como Davizinho Radical, é tricampeão no parasurfe, uma modalidade de surfe adaptado. Com apenas 20 anos, sua trajetória no esporte começou com a inspiração de sua mãe, Denise Teixeira. A forte conexão entre eles se fortaleceu ainda mais através do surfe, que se tornou um elo essencial na relação mãe e filho.
Em uma entrevista exclusiva ao Lance!, Davizinho e Denise compartilham como foi a jornada do atleta no surfe e a importância que sua mãe teve — e continua a ter — em sua vida.
— Minha trajetória no esporte começou, sem dúvida, graças à minha mãe. Quando ela soube da minha deficiência antes de eu nascer, decidiu dedicar sua vida a me cuidar. Em tudo que eu fazia, ela estava lá para me apoiar. Isso foi especialmente verdadeiro no esporte — recorda o tricampeão mundial.
Para a família do carioca Davizinho, o surfe tem um significado especial. Quando jovem, Denise se apaixonou pelo esporte, mesmo sem chegar a ser uma atleta profissional. Ela transmitiu esse amor ao filho, acreditando que o surfe poderia ser uma ferramenta transformadora. A aventura de Davi nas ondas começou quando Denise pediu uma prancha emprestada a um amigo, e desde então, ele não deixou mais o surfe.
— Desde pequena, eu sempre amei surfar e praticar esportes, embora não na esfera profissional. Eu queria ver até onde o Davi poderia se superar. Acredito firmemente que o esporte é uma poderosa ferramenta de transformação — comenta Denise, que acrescenta: — Quando Davi era pequeno, eu disse a ele que o surfe era incrível. Falei: “Vou pedir uma prancha emprestada para um amigo. Se você gostar, vou comprar uma para você”. Então, coloquei-o na água e ele não quis mais sair — recorda.
Atualmente, além do surfe, Davizinho também se destaca em competições de skate, golfe e MMA, além de se interessar por diversas outras modalidades esportivas, sempre incentivado por Denise.
A transição para o mundo do surfe profissional foi impulsionada pela mãe. A ideia de participar de um campeonato mundial pela primeira vez partiu dela. O resultado foi surpreendente: o jovem Davi conquistou o vice-campeonato em sua estreia.
— Sempre apoiei o Davi. No seu primeiro campeonato de surfe, ele tinha apenas 3 meses de experiência. Ele estava com 8 ou 9 anos, e eu perguntei: “Você quer ir para a Califórnia competir?”. Ele aceitou, e assim fomos. Ele competiu e ficou em segundo lugar — relembra Denise.
Hoje, com 20 anos, o atleta e sua mãe ainda vivem juntos e acompanham-se nas competições mais distantes. Davizinho vê Denise como uma parte fundamental de sua equipe profissional:
— Minha mãe é uma extensão de mim. Ela está presente em tudo, e eu ainda preciso dela. Ela me ajuda com a logística e as viagens… está sempre ao meu lado. Minha mãe faz parte da minha equipe, e quero que continue assim. Ela sempre esteve comigo e estará até o fim — afirma o jovem.
Para celebrar o Dia das Mães, o Lance! realizou uma série de entrevistas especiais com mães de atletas do esporte nacional. Confira a entrevista com Elisa, mãe do mesatenista Hugo Calderano, neste link.