Após uma longa espera de 12 jogos, o Botafogo finalmente conseguiu uma vitória fora de seus domínios sob a orientação do técnico Renato Paiva. O triunfo por 2 a 1 contra o Carabobo, em solo venezuelano, durante a quarta rodada da Libertadores, no entanto, deixou a desejar. Apesar da superioridade em recursos e elenco, o Glorioso teve que lutar até os minutos finais para garantir os três pontos.
Na formação inicial, Paiva demonstrou ousadia ao realizar algumas alterações na equipe. Sem Mastriani, ele decidiu escalar Rwan Cruz; Jeffinho assumiu o lugar de Artur, e um volante foi substituído por Cuiabano, que, atuando como lateral, se destacou na ponta esquerda, sendo eleito o melhor jogador da partida.
Durante o jogo, o Botafogo controlou a maior parte do tempo, mas enfrentou sérias dificuldades no último terço do campo e cometeu erros defensivos significativos. O Carabobo conseguiu ameaçar em algumas ocasiões, explorando brechas na defesa, mas não conseguiu converter essas chances em gols devido à falta de precisão.
O primeiro gol, marcado por Vitinho, trouxe um alívio ao Botafogo, que conseguiu manter a vantagem até o intervalo. Contudo, como tem sido comum em suas apresentações recentes, a equipe “desapareceu” na segunda metade do jogo, permitindo que o adversário pressionasse em busca do empate.
A fragilidade da defesa aérea do Botafogo, que já havia sido um problema em partidas anteriores, se manifestou novamente, afetando a confiança do time e evidenciando a urgência de uma reação imediata.
O desempenho do Botafogo no modesto Estádio Misael Delgado também foi alvo de críticas. O Carabobo, que se posiciona como um dos favoritos à lanterna do Grupo A da Libertadores, tomou a iniciativa no segundo tempo, impondo dificuldades ao atual campeão, mesmo sem criar grandes riscos, mas sufocando a saída de jogo do Botafogo.
Embora o gol da vitória, anotado por Cuiabano aos 45 minutos da etapa final, tenha surgido de uma boa jogada após um contra-ataque desfavorável, o Botafogo se apresentou de forma insatisfatória diante de um oponente considerado inferior. A vitória traz um fôlego tanto para o trabalho de Renato Paiva quanto para a campanha na Libertadores, mas a exibição levanta mais um sinal de alerta em um 2025 conturbado para o Glorioso.




