O renomado cineasta Carlos Diegues, carinhosamente conhecido como Cacá Diegues, será homenageado durante o Festival de Cannes 2025, com a estreia mundial do documentário “Para Vigo Me Voy!”, uma obra dirigida por Lírio Ferreira e Karen Harley. Cacá faleceu em fevereiro deste ano, enquanto o filme ainda estava em fase de produção.
Integrando a seleção Cannes Classics, a obra está na disputa pelo prêmio Olho de Ouro, que reconhece o Melhor Documentário do festival, programado para ocorrer entre 13 e 24 de maio na França.
Este documentário propõe uma jornada cinematográfica pela vida e obra de Cacá, destacando sua habilidade singular em capturar o espírito do seu tempo através de suas narrativas. O longa examina como as produções de Diegues refletem a história do Brasil nas últimas seis décadas, além de explorar aspectos mais pessoais de sua vida.
“O filme é uma verdadeira aula sobre o cinema brasileiro. São mais de 60 anos de produção cinematográfica que atravessam a história do País, desde a época colonial. E não se trata apenas de Cacá; muitos artistas que deixaram sua marca também são mencionados, como Antonio Pitanga, Jeanne Moreau, Zezé Motta, Marília Pêra, Sonia Braga, Antonio Fagundes, Wagner Moura e Jesuíta Barbosa, além de Moacir Santos, Chico Buarque, Jorge Benjor, Caetano e Gil.”, comenta Diogo Dahl, produtor de “Para Vigo Me Voy!”.
Cacá teve presença no Festival de Cannes com oito de seus 17 longas dirigidos ao longo de sua carreira. O cineasta brasileiro participou da mostra competitiva em três ocasiões — com “Bye Bye Brasil”, em 1980; “Quilombo”, em 1984; e “Um Trem Para as Estrelas”, em 1987 —, além de outras três participações na Quinzena dos Realizadores: “Os Herdeiros”, em 1969; “Joanna Francesa”, em 1973; e “Chuvas de Verão”, em 1978.
Com uma carreira marcada por sua contribuição ao movimento Cinema Novo, Diegues dirigiu ao todo 30 filmes, entre longas e curtas. Ele deixou inacabada a produção de “Deus Ainda É Brasileiro”, sequência do sucesso de 2003.
“Para Vigo Me Voy!” será distribuído nos cinemas pela Gullane+, contando com a produção executiva de Maria Fernanda Miguel, montagem de Mair Tavares e Daniel Garcia, finalização por Karen Black e Lucílio Jota, e fotografia de Loiro Cunha. A música-título é interpretada por Ney Matogrosso e o Pife Muderno, produzida por Carlos Malta.
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