Giulia Costa, de 25 anos, cresceu em um ambiente artístico. Filha de Flávia Alessandra, de 50 anos, e do falecido Marcos Paulo (1951 – 2012), além de Otaviano Costa, de 51 anos, que é casado com Flávia e que ela considera como pai. Desde a infância, ela está sob os holofotes e começou sua carreira no teatro, mas ganhou notoriedade ao atuar em “Malhação”, em 2015. Formada em cinema, também atua como assistente de direção.
Recentemente, ela fez sua estreia como apresentadora ao lado da mãe no podcast “Pé no Sofá Pod”. Em uma entrevista exclusiva ao Splash, Giulia comentou sobre a experiência: “Gravamos o piloto no final do ano passado e tivemos a sorte de um dos primeiros episódios, com a Lolô (Perissé) e a Luísa, viralizar, o que ajudou muito a aumentar a visibilidade do nosso projeto. Em menos de um mês, já estávamos viralizando, foi incrível”. Ela expressou que essa nova função a faz sentir-se realizada e feliz, destacando a importância do diálogo aberto: “Nesse espaço de conversa, as pessoas se sentem mais à vontade para compartilhar e trocar experiências”.
Além de atuar, Giulia também é influenciadora digital e utiliza suas redes sociais para discutir sua vida e a relação com seu corpo, que não se encaixa nos padrões de beleza cada vez mais exigentes. Ao ser questionada sobre se a exposição que vive vale a pena, ela admite que é um dilema. “Eu reflito muito sobre isso, especialmente durante as minhas sessões de terapia, quando enfrento minhas crises. Às vezes, penso que seria mais fácil seguir um caminho convencional… Mas então recebo mensagens carinhosas e pessoas me abordam na rua agradecendo.”
Motivada pelas mensagens que recebe e pelas vidas que toca, Giulia se compromete a desmistificar a aparência de perfeição nas redes sociais. “Quando recebo o retorno das pessoas, mesmo sabendo que é um clichê, eu penso: ‘vale a pena, sim, vamos em frente’. Essa troca, saber que estou influenciando positivamente, me dá forças para seguir em frente e ignorar os comentários negativos”.
Para ela, até mesmo postar uma simples foto de biquíni se torna um ato “provocativo” para os críticos. “É como estar em uma batalha psicológica”. Ela reconhece que a visibilidade que possui, devido à sua origem, é muito maior do que a de alguém que começou sem essa exposição. “Quando compartilho algo, a repercussão é intensa. Sou filha do que sou e venho de onde venho, e isso, sem dúvida, tem um grande peso. Isso exige coragem, pois a repercussão gera engajamento, que traz amor e apoio, mas também atrai ódio.”
“Eu também tenho minhas conquistas”, afirma Giulia, que sempre buscou seguir seu próprio caminho, primeiro no teatro e depois como assistente de direção. Ao trabalhar nos bastidores, ela sentiu uma desconexão com sua árvore genealógica pela primeira vez, embora saiba que sempre será associada a ela. “Naturalmente, quando alguém segue a carreira dos pais, as comparações surgem, e isso se intensifica quando você é uma figura pública.”
No entanto, essa associação com a família não é um fardo, pois Giulia considera um privilégio aprender com eles. “É uma grande sorte poder estar ao lado deles, e isso me traz tranquilidade. Sei que tenho minha própria jornada e minhas vitórias.”
A artista teve a honra de atuar como assistente de direção em “Auto da Compadecida 2” e descreve a experiência como “uma honra”. “Às vezes, me sinto inadequada, como se não merecesse estar ali. Quando passei na entrevista, pensei: ‘será que estou no lugar certo? Existem tantas pessoas mais capacitadas’. Mas foi uma conquista que alcancei por mérito próprio.”
Giulia expressa seu desejo de contar histórias que abordem temas femininos e que toquem o público. Ela cita diretoras como Greta Gerwig e Anita Rocha da Silveira como referências. Além disso, destaca seu apreço pelo cinema brasileiro, que proporciona uma identificação mais profunda. “Filmes como ‘Ainda Estou Aqui’ fazem com que eu me conecte imensamente com os locais que conheço, como Copacabana e Ipanema, as ruas que frequentei. Cresci no Rio, então é uma identificação especial.”
Ela conclui: “Acredito que a identificação é fundamental para conseguir emocionar e impactar as pessoas. Por isso, é tão importante consumirmos a cultura brasileira.”
								



