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Padilha imuniza sete ministros após revelação de cadernetas de vacinação incompletas

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, realizou na última quarta-feira (16/4) uma grande imunização, conhecida como “vacinaço”, vacinando sete ministros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra a Covid-19 e a gripe (influenza). Essa ação se deu quase dois meses depois que uma coluna denunciou que 15 ministros com mais de 60 anos não haviam completado a vacinação de reforço contra o coronavírus em 2024, desrespeitando as diretrizes do governo Lula. Entre os nomes mencionados na lista de vacinas incompletas estavam os de Ricardo Lewandowski e Margareth Menezes.

Na ocasião, Padilha também vacinou a ministra Luciana Santos e o ministro da Defesa, José Múcio. Ele foi fotografado ao lado de Lewandowski e Zé Gotinha. Mais de duas mil doses da vacina contra as duas doenças foram destinadas a secretários e funcionários do Ministério da Saúde, além dos ministros presentes. Vale destacar que Padilha, que é médico infectologista, também recebeu a vacina.

A campanha de vacinação contra a gripe teve início em março, enquanto a recomendação para a Covid-19 é de uma dose a cada seis meses para indivíduos acima de 60 anos. A ex-ministra da Saúde, Nísia Trindade, que ocupava o cargo anteriormente, foi um exemplo de quem não estava em dia com a vacinação. Conforme a coluna noticiou, a ex-presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), de 67 anos, tomou apenas uma dose de reforço em 2024.

Outro ministro que não seguiu as orientações do Ministério da Saúde foi o vice-presidente Geraldo Alckmin, que, aos 72 anos e médico anestesista, não recebeu os dois reforços necessários contra a Covid-19 neste ano.

É importante mencionar que, inicialmente, Lewandowski havia classificado seu cartão de vacinação como sigiloso por 100 anos. Contudo, após a publicação da reportagem, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) reavaliou sua decisão e compartilhou o documento com a coluna de Igor Gadelha, no Metrópoles. A coluna requisitou os cartões de vacinação dos titulares da Esplanada por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) e obteve acesso exclusivo, embora nem todos os ministros tenham liberado as informações de imediato.

Os idosos são considerados um grupo mais vulnerável à Covid-19 devido à imunossenescência, um processo que compromete a resposta do sistema imunológico a infecções. Por essa razão, a aplicação de uma dose extra anualmente é recomendada. Tanto os idosos quanto as gestantes foram incluídos no Calendário Nacional de Vacinação para a Covid-19 em dezembro passado, tornando a imunização uma prática rotineira para esses grupos.

Já conferiu todas as notas e reportagens da coluna hoje? Acesse a coluna do Metrópoles.

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